Covid-19: Um guia contra a «febre da lixívia» na reabertura das Igrejas, para salvaguarda do património

Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja de Santarém publica orientações para correta higienização dos espaços

Foto: SNBCI

Santarém, 26 mai 2020 (Ecclesia) – A Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja de Santarém acaba de lançar um guia com orientações para a higienização dos espaços litúrgicos, num momento em que as igrejas se preparam para voltar a receber celebrações comunitárias.

O documento, divulgado online pelo Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja e enviado hoje à Agência ECCLESIA, apresenta orientações que “visam evitar danos irreversíveis no património e gastos desnecessários com procedimentos desajustados à realidade das igrejas e demais locais de culto”.

As indicações têm em conta as recentes alterações na utilização comunitária dos espaços religiosos afetos ao culto, decorrentes da pandemia de Covid-19, tendo “como principal preocupação a saúde pública, mas não descurando a necessidade de salvaguarda do património cultural e artístico.

Num momento de particular preocupação com a higiene e desinfeção dos espaços, a Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja de Santarém sublinha que “produtos como lixívia e soluções alcoólicas são muito nefastos para o património, podendo causar danos em diversos materiais”, sendo desaconselhadas as fumigações e pulverizações dos edifícios.

Entre as orientações gerais encontra-se a sugestão de manter as portas abertas, sempre que possível, ou evitar tocar em superfícies e objetos desnecessários, procurando garantir que todas as pessoas desinfetam os mãos com álcool-gel.

“A higienização das mãos, a distância de segurança entre os indivíduos, a etiqueta respiratória e o uso de máscara em espaços fechados são os mecanismos principais para o controlo do contágio”, recorda o documento.

O texto destaca que a ventilação das igrejas é “fundamental”, mas tem exigências de segurança dos locais para evitar entrada de pássaros, roedores e insetos.

Na limpeza de pavimentos, bancos e outras superfícies (pedra, madeira, cerâmica), sugere-se a utilização de “água e detergente neutro” sem recurso a lixívia ou outros produtos agressivos.

Quanto a esculturas, pinturas e outras obras de arte, a indicação fundamental é “não tocar”, referindo-se ainda a necessidade de evitar a utilização de paramentos antigos, “com valor histórico e artístico”, recomendação que se estende a outras alfaias.

“Nunca utilizar lixívia. Lavar com água destilada e detergente neutro”, acrescenta o documento.

OC

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Agência ECCLESIA

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