Celebração individual da Confissão «continua a ser recomendada»
Braga, 30 nov 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga escreveu uma nota pastoral sobre o Sacramento da Reconciliação em tempo de pandemia, na qual recorda aos sacerdotes e aos penitentes “a importância e os cuidados a adotar na celebração individual da reconciliação sacramental, que continua a ser recomendada”.
No documento, D. Jorge Ortiga aconselha também que a celebração deste sacramento deve ser feita “em lugar arejado fora do confessionário, adoção de uma distância conveniente, recurso a máscaras de proteção, sem prejuízo da absoluta atenção à salvaguarda do sigilo sacramental e da necessária descrição”.
A pandemia que se vive impõe “não poucas dificuldades ao normal desenvolvimento da vida eclesial, em todos os seus aspetos” e é neste contexto que importa, refletir “no modo de salvaguardar a singularidade do Sacramento da Reconciliação e afirmar a sua necessidade, apesar de ser mais difícil celebrá-lo nos moldes habituais”, refere o arcebispo de Braga na nota enviada à Agência ECCLESIA.
No último mês de março, a Penitenciaria Apostólica (Santa Sé) publicou um Decreto sobre o tema e o texto sublinha que “mesmo em tempo de Covid 19 o Sacramento da Reconciliação se administra de acordo aos das regras do Direito Canónico universal e com as disposições do ‘Ordo Poenitentiae’ e assim, a confissão individual é o modo ordinário de o celebrar”.
O perdão “é a higiene da alma”, a “libertação do passado para nos lançarmos para o futuro” e a transformação da “memória ingrata” em “memória grata e feliz”, escreveu D. Jorge Ortiga.
Na nota pastoral do Arcebispo de Braga, lê-se que “não se concede desde já a autorização genérica para as celebrações comunitárias com absolvição simultânea ou coletiva”, mas “poderá acontecer que no período da quaresma seja de reconhecer esta possibilidade”.
LFS/OC