Conclave: Juramento de segredo alarga-se a todos os que contactam com os cardeais

Cerca de 90 pessoas comprometem-se a manter silêncio sobre processo de eleição do novo Papa

Cidade do Vaticano, 11 mar 2013 (Ecclesia) – O Vaticano anunciou hoje que as “cerca de 90 pessoas” que auxiliam os cardeais durante o Conclave para a escolha do novo Papa vão prestar esta tarde um juramento de silêncio sobre o processo de eleição.

A cerimónia decorre sob a presidência do cardeal camerlengo, D. Tarcisio Bertone, a partir das 17h30 (menos uma em Lisboa) e está prevista na legislação assinada por João Paulo II e Bento XVI.

“Todos aqueles que estiverem destacados para o próximo Conclave, eclesiásticos ou leigos, com aprovação do cardeal camerlengo e dos três cardeais assistentes, segundo a Constituição Apostólica ‘Universi Dominici Gregis’ (n.º 48) devem prestar e subscrever o juramento prescrito”, refere um comunicado divulgado pelo Departamento das Celebrações Litúrgicas da Santa Sé.

Durante o Conclave está prevista a presença de outros elementos, “para acudirem às exigências pessoais e de serviço, ligadas à realização da eleição”.

Entre os não-cardeais envolvidos na preparação e realização do Conclave estão o secretário do colégio cardinalício (D. Lorenzo Baldisseri), que desempenha as funções de secretário da assembleia eleitoral; o mestre das celebrações litúrgicas pontifícias (D. Guido Marini), com oito cerimoniários (assistentes), religiosos e religiosas da sacristia pontifícia; um eclesiástico escolhido pelo cardeal que preside ao Conclave (D. Giovanni Battista Re, primeiro na ordem de precedência), para lhe servir de assistente.

O grupo inclui também alguns religiosos de diversas línguas para as confissões; dois médicos e enfermeiros para eventuais emergências; as pessoas adscritas aos serviços técnicos, de alimentação e de limpeza; os condutores que transportam os eleitores entre a Casa de Santa Marta, onde residem, e o Palácio Apostólico do Vaticano; o coronel e um major da Guarda Suíça; os diretores dos serviços de segurança e proteção civil, com alguns colaboradores.

Todas elas são “devidamente advertidas sobre o significado e a extensão do juramento a prestar, antes do início das operações para a eleição”, pelo que prestam e subscrevem o juramento de segredo sobre tudo o que rodear o processo de eleição do novo Papa, sob pena de excomunhão.

“Prometo e juro abster-me de fazer uso de qualquer instrumento de gravação, de audição, ou de visão daquilo que, durante o período da eleição, se realizar dentro dos confins da Cidade do Vaticano, e particularmente de quanto, direta ou indiretamente, tiver a ver, de qualquer modo, com as operações ligadas à própria eleição”, refere a fórmula do juramento.

OC

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