Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados distingue Frei Bento Domingues

Prémio «Ângelo d’Almeida Ribeiro» entregue no Dia Nacional dos Direitos Humanos

Frei Bento Domingues, dominicano português, vai ser agraciado esta Sexta-feira com o prémio «Ângelo d’Almeida Ribeiro», atribuído pela Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados (CDHOA).

A CDHOA distingue o “elevado mérito do trabalho desenvolvido em defesa dos Direitos Humanos”.

A entrega decorre, pelas 18h00, por ocasião do 62.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

O prémio «Ângelo d’Almeida Ribeiro» destina-se a distinguir anualmente as personalidades ou entidades nacionais que mais se tenham destacado na defesa dos direitos dos cidadãos.

Frei Bento Domingues, o.p. , (Travassos, Vilar – Terras de Bouro, 1934). Entrou para o Noviciado na Ordem dos Pregadores (Dominicanos) em 1953. Estudou Filosofia e Teologia em Fátima, Salamanca, Roma e Toulouse. Como Assistente da Juventude da Igreja de Cristo Rei (Porto), em 1962 e 1963, foi responsável pela exposição, O mundo interroga o Concílio.

Dedicou-se ao ensino e à investigação teológica desde 1965: foi professor no Instituto Superior de Estudos Teológicos (ISET), no Instituto de Psicologia Aplicada, no CRC (Cento de Reflexão Cristã), na Escola de Educadoras de Infância – Maria Ulrich – e director do Instituto de S. Tomás de Aquino (ISTA). Participou com D. Luís Pereira, Bispo da Igreja Lusitana, na primeira Conferência Ecuménica, em Portugal, organizada pela Cooperativa Pragma. Fez parte da equipa da publicação da tradução portuguesa da revista internacional, Concilium, a partir de 1965 e dos colóquios Concilium.

Durante a década de 80 colaborou, na área da Teologia da Inculturação, em cursos de reciclagem de missionários e na preparação dos Animadores de Comunidades cristãs em várias dioceses de Moçambique.

Ensinou Teologia no Seminário Maior de Luanda (Angola), no Centro Bartolomé de Las Casas (Cuzco – Perú) e na Universidade S. Tomás de Aquino (Bogotá – Colômbia).

Participou na configuração do Centro de Pedro de Córdoba (Santiago do Chile), especializado no diálogo entre Teologia e Ciências Humanas, onde também ensinou; assim como na configuração do Centro de Teologia/Ciência das Religiões e da Licenciatura em Ciência das Religiões, da Universidade Lusófona, dos quais foi o primeiro Director.

Dirige a colecção Nova Consciência do Círculo de Leitores.

Depois de crónicas regulares no Sempre Fixe e na Luta, mantém, desde 1992, uma coluna dominical no Público, dedicada à análise do fenómeno religioso no mundo contemporâneo.

Participou em várias iniciativas de carácter cívico: no lançamento da publicação clandestina, Direito à Informação; fez parte do secretariado da Comissão Nacional de Socorro aos presos políticos, do Comité Português Pró-Amnistia Geral no Brasil; foi membro do Conselho Nacional de Imprensa.

O presidente da República, Jorge Sampaio, conferiu-lhe o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade, a 25 de Abril de 2004.

(Notas biográficas: ISEP)

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