Coimbra: «Desejo de servir» a diocese une futuros diáconos

«Fiz-me tudo para todos» é o lema das ordenações, este domingo, na Sé Nova de Coimbra

Coimbra, 27 jun 2015 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, vai ordenar três novos diáconos, que manifestaram o “desejo de servir” a sua diocese, este domingo, pelas 16 horas, na Sé Nova de Coimbra.

Os futuros diáconos são Jorge Germano, natural da Paróquia de Nogueira do Cravo, atualmente ao serviço da Unidade Pastoral de Conímbriga; o Nuno Fileno, natural da Paróquia de Almalaguês, ao serviço da Paróquia de Ceira e São João Baptista e ainda responsável pelo Coro Diocesano; e o Pedro Simões, natural da paróquia de Barcouço, cujo serviço realiza-se na Paróquia de Pombal.

"Fiz-me tudo para todos", da primeira carta de São Paulo aos Coríntios [22, 9] foi o lema escolhido pelos futuros diáconos para a ordenação deste domingo.

Nuno Fileno destaca o “desafio muito grande” e relembra os apelos do Papa Francisco à “proximidade que não tem fronteiras: pobres, ricos, periferias”.

“É estar próximos de todos e penso que isso é fundamental no ministério”, afirma ao jornal diocesano Correio de Coimbra que juntou os três diáconos para uma entrevista que enviou à Agência ECCLESIA.

Segundo Jorge Germano a passagem bíblica escolhida resume o estarem “disponíveis” no serviço à Igreja e à comunidade no que “precisarem e esperarem” do futuro diácono.

“Foi este o desafio que eu aceitei quando disse o meu sim e quando o vou renovando todos os dias. É fazer-me tudo para todos! Fazer-me tudo para estar com todos! Para continuar a caminhar, próximo e igual a eles e não diferente”, acrescentou.

Já para Pedro Simões explica quer que o seu ministério esteja “centrado não só no pobre” mas também “no rico e sobretudo no pecador”.

Jorge Germano revelou que tem sonhos e motivações “de grande felicidade e da grande realização”, não só pessoal mas também comunitária.

“É de facto a grande motivação e o grande sonho que me faz continuar dia após dia, a levantar-me e abrir os braços para este grande trabalho nesta nossa diocese”, disse.

Nuno Fileno assinala que a “motivação principal” para o trabalho “vem do próprio Evangelho de Jesus é o serviço”, aos outros e à Igreja, ou seja, “Deus e a sociedade”.

Atualmente responsável pelo Coro Diocesano, entre outros serviços, espera que com o seu contributo, apesar da sua “fragilidade”, “Jesus e a Sua Palavra cheguem a todos”: “Tendo consciência de que eu não sou perfeito e de que a fragilidade fará parte também do ministério.”

Por usa vez, Pedro Simões destaca que durante a caminhada em ordem ao sacerdócio olhou “sempre” para a figura do padre como “aquele que serve e não aquele que é servido” e foi isso que o interpelou ao longo do seu percurso.

“Apercebi-me desse caminho que Deus me apontava através do testemunho do meu pároco, um padre que não só celebrava as eucaristias mas que se preocupava em ajudar o próximo, o mais necessitado”, recorda sobre o exemplo que o motivou a iniciar o caminho de entrega.

Na história pessoal e de fé de cada um dos futuros diáconos destacam-se marcos fundamentais e pessoas do caminho vocacional, como a comunidade paroquial/cristã, catequistas, o pároco ou outros sacerdotes e a família, essa Igreja doméstica sobre a qual a Igreja está a refletir, como destacou Nuno Fileno.

“A dimensão da vida, pela qual todos nós nascemos e que no meu caso teve algumas particularidades e onde Deus se revelou”, observou.

CC/CB

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