Clérigos: Espetáculo «Spiritus» apresenta um «diálogo muito arrojado da cultura com a tecnologia» (c/vídeo)

Terceira temporada da apresentação junta-se a uma exposição sobre a paixão na oferta para a época Páscoa

Foto Torre dos Clérigos

Porto, 20 mar 2024 (Ecclesia) – O presidente da Irmandade dos Clérigos disse à Agência ECCLESIA que o espetáculo “Spiritus” faz da Igreja um “espaço aberto ao mundo” e renova a proposta de um “diálogo muito arrojado da cultura com a tecnologia”.

Após ter sido visto por mais de 150 mil pessoas, nas duas temporadas anteriores, a Irmandade dos Clérigos decidiu iniciar a terceira temporada, que começou no último sábado, de um projeto com criação e produção do atelier “O Cubo”, proporcionando a quem participa no espetáculo uma “experiência imersiva 360”.

Para o padre Manuel Fernando, “Spiritus” é um projeto que “cria a interação, a curiosidade” e se mostra “cada vez mais atual, até no despertar de sensações, para todo o tipo de públicos”.

“Às vezes, olhamos para os edifícios antigos, para a história e parece-nos que as gerações mais novas não têm grande apetência e, ao criamos um elemento diferenciador, estamos a introduzir um dado novo, que desperta e convida outras gerações e pessoas, com outros interesses, a captar a sua atenção e passar aqui pelos Clérigos”, disse o presidente da irmandade.

Para o diretor produção do “Spiritus”, o espetáculo ajuda a “aproximar as pessoas, tanto as que são mais crentes como as que têm outra fé, ou não têm fé, da Igreja dos Clérigos e tentar que vivam a Igreja de modo diferente e sintam a própria alma se elevar”.

“Spiritus é uma viagem pelas emoções, uma experiência de 30 minutos que transforma totalmente a belíssima Igreja dos Clérigos. Ao fim do dia e à noite, o nosso espetáculo dá vida a cada talha dourada, a cada coluna, e transforma-a num espetáculo de magia, luz, música, projeção, laser, e tenta mexer na alma das pessoas, tenta levá-las para uma viagem espiritual, para tentar tocar na alma das pessoas”, afirma Edoardo Canessa

O produtor do atelier “O Cubo” informou que o poema de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa, “A melhor forma de viajar é sentir” inspira a viagem proposta a quem vê o espetáculo, “que leva a as pessoas por cinco momentos emocionais diferentes”, desde um “mais calmo, mais tranquilo”, depois um “mais forte, mais duro, até de desarmonia”, para terminar com um “grande recomeço final”.

“Cada um interprete a viagem à sua maneira, de acordo com a sua alma, o seu credo espiritual, ou mesmo sem ter credo, mas sentir a Igreja de uma maneira diferente”, afirmou.

Edoardo Canessa referiu que “a sincronia entre o som e as imagens é fundamental, para que as pessoas não percam nenhum detalhe” do espetáculo e da igreja onde é apresentado.

O espetáculo multimédia “Spiritus” pode ser visto na Igreja dos Clérigos até ao final de maio e as sessões decorrem no interior do tempo, a partir das 18h00; em www.spiritusporto.com encontram-se divulgados horários e informações sobre a aquisição de bilhetes.

PR

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