«Ciclistas marados» chegaram ao Vaticano

Vila Nova de Famalicão criou uma ponte com o Vaticano nos últimos dias, não pelas mãos mas pelos pés de quatro ciclistas aventureiros. 2500 quilómetros percorridos em 13 dias – chegaram mais cedo do que o previsto – com uma média de 180 quilómetros de percurso por dia. Um desafio que surgiu a partir da altura em que souberam que o Papa não viria a Fátima. Decidiram então, ir ver Bento XVI, com o objectivo de “promover a prática desportiva e o ciclismo, fomentando o espírito de grupo e a superação pessoal”, manifestaram no início da aventura. Aos quatro ciclistas, auto-intitulados “marados” (http://ciclistasmarados.hi5.com) juntou-se um massagista e um condutor da autocaravana de apoio. “Foi uma experiência que correu muito bem”, aponta à Agência ECCLESIA, Jorge Guerreiro, um dos participantes nesta aventura. O único percalço, em Vitória – Espanha, que recordam foi o roubo de uma bicicleta, durante o percurso. Mas “um amigo prontificou-se a levar uma bicicleta de substituição” e a viagem continuou. Entre subidas e descidas com “grande inclinação, chegámos todos bem”. O resto, foi apreciar a paisagem porque “não se pensa no cansaço”. Jorge Guerreiro recorda a preparação que fizeram para a viagem e acrescenta que “a partir do terceiro dia, os músculos já não se ressentem”. Não é fácil, “não é simples passeio, mas é muito bom”. O grupo saiu de Famalicão e passou por Verim (Espanha); Benavente; Burgos; Vitória, Beazim; Irun; Hendaye (França); Bayona; Auch; Toulouse; Carcassonne; Narbone; Bézier; Montepellier; Arles; Aix-en-Provence; St. Rafael; Cannes; Mónaco; Menton; Ventimiglia (Itália); Imperia; Génova; La Specia; Pisa; Livorno; Castagneto Carduci; Civitavecchia e Roma (Vaticano). A chegada a Roma foi festejada com champanhe e muito fotografada, com as bandeiras de Portugal, do Vaticano, de Vila Nova de Famalicão e de Joane como pano de fundo. “Foi muito gratificante ver a cúpula da Basílica de São Pedro”. Quarta-feira, foi dia de estar com Bento XVI, na audiência geral. Apesar da chuva intensa, “permanecemos na praça e foi muito bom cumprimentar o Papa”, aponta Jorge Guerreiro. Apenas dez metros os separava de Bento XVI, e a chuva “impediu uma troca de palavras”. De regresso, mais descansados, sonham já “quem sabe com uma ida a Paris ou a Moscovo”. Antes disso, “estamos a pensar preparar um encontro para mostrar as imagens ilustrativas e falar da experiência em si”. A meta agora é Joane, em Vila Nova de Famalicão, amanhã, dia 4, à noite.

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