Catequese: Pandemia obrigou a educação para a fé a repensar a linguagem

Na iniciativa «Do Clique ao Toque», Aline Amaro da Silva defende um “novo olhar sobre a tecnologia”

Lisboa, 29 Jan 2022 (Ecclesia) – A investigadora brasileira na área da educação cristã em tempos digitais defende uma mudança de mentalidade que passa pelo “cultivar e criar um novo olhar sobre a tecnologia”.

“Pensar diferente e abrir os horizontes na catequese e na evangelização”, disse, este sábado, Aline Amaro da Silva na primeira sessão da sétima edição «Do Clique ao Toque», uma iniciativa da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa e do Centro de Investigação em Teologia e Estudos da Religião – CITER, em parceria com o Secretariado Nacional da Educação Cristã.

A investigadora que publicou a obra «Catequese digital: por onde começar» disse que é fundamental “repensar o agir catequético para se superar os desafios que a sociedade enfrenta atualmente”.

Nesta iniciativa, em regime online, dedicada ao tema «O diálogo entre a vida e a fé nos dispositivos digitais» tem como coordenadores os professores Luís Figueiredo Rodrigues e Sónia Catarina da Silva Cruz.

Na sua intervenção, Aline Amaro da Silva falou sobre a «catequese onlife» e realçou que a pandemia acelerou o processo de digitalização porque “dificulta o encontro físico”.

“Para que a catequese digital seja uma realidade é preciso investimentos, tanto nos catequistas como na paróquia”, frisou a investigadora.

Como a cultura digital desafia a catequese a repensar-se, Aline Amaro da Silva apresenta diretivas: “repensar o conteúdo; o que compartilha e a linguagem”.

A cultura digital tem “as suas próprias expressões” e é essencial “saber utilizá-las”, disse.

A atividade formativa assume que a educação religiosa, “num contexto cultural fortemente influenciado pelos dispositivos eletrónicos articulados em rede, pode ser percebida como algo que radica no mais íntimo de cada indivíduo e que reconfigura a sua forma de ver e perceber o mundo, que dá um novo sentido”.

A sociedade atual exige “cada vez mais” que os cidadãos sejam “competentes em diversas áreas do saber para que sejam capazes de responder aos novos e crescentes desafios que esta lhes coloca”.

“Cabe aos professores e/ou catequistas adotar práticas educacionais atrativas e inovadoras” que permitam ao jovem aprender de forma “mais ativa, dinâmica e motivadora”.

Existe um “crescente interesse” em descobrir de que forma o digital pode ser usado como recurso no apoio “em contextos formais e informais de aprendizagem pelo que esta edição constitui-se como uma resposta a esses anseios”.

Com início a 29 de janeiro, em regime integralmente online, esta iniciativa contempla, para além das conferências, workshops onde são apresentadas algumas práticas e propostas de utilização dos recursos digitais para a educação e evangelização.

A edição tem como destinatários os docentes de EMRC pertencentes ao grupo de recrutamento 290 (creditada pelo CCPFC, a ação releva para efeitos de progressão em carreira); docentes dos demais grupos de recrutamento; agentes de pastoral e outras pessoas interessadas na temática

LFS

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