«Cabaz de Conversas»: Noite de Natal «haverá sempre», a certeza do cónego Mário Pais que inspira o Advento em tempo de pandemia (c/vídeo)

Pároco do Bombarral e Vale Covo fala sobre a preparação do Natal perante cenário imprevisível

 

Lisboa, 30 nov 2020 (Ecclesia) – O cónego Mário Pais, pároco do Bombarral e Vale Covo (Patriarcado de Lisboa), disse à Agência ECCLESIA que a incerteza que rodeia a celebração do Natal, este ano, por causa da pandemia, deve inspirar uma preparação mais “profunda” no tempo do Advento.

“Noite de Natal haverá sempre. Se não for juntos, à volta da mesa do altar ou da mesa familiar, será juntos nos corações, que se hão de unir doutra maneira”, referiu o convidado da primeira edição do ‘Cabaz de Conversas’ que é publicado online, a partir desta tarde e até 25 de dezembro.

O sacerdote assinala que, para um pároco, este também é um tempo de incertezas, como acontece com os membros das comunidades

“Sinto este momento como um desafio, porque é uma realidade nova, cheia desta circunstância dos medos”, que é preciso superar “devagar, com segurança e com esperança”, precisa.

O entrevistado destaca os sinais de valorização da “humanidade e dos afetos”, nos últimos meses.

“Esta redescoberta vai ter repercussões, a começar logo pelos mais novos”, colocados perante um tempo de dúvidas e de silêncio, acrescenta.

É um significado mais profundo porque mais humano, como é humana a presença de Deus na nossa vida. Não O tocamos tão humano como no tempo de Advento e de Natal”

O cónego Mário Pais fala de um Advento de “esperança viral”, perante o impacto da Covid-19.

“Se é viral a pandemia, a sua vacina é a esperança”, sustenta.

Foto: Coroa de Advento na Paróquia do Bombarral, inspirada na encíclica ‘Laudato Si’

O responsável assinala que as comunidades se vão “interrogando” sobre a celebração do Natal neste ano, “até pela experiência não feliz da Páscoa”, mas sublinha a necessidade de não ficar “reduzidos” à circunstância e encontrar formas de “multiplicar” o afeto.

“O nosso coração é maior do que a pandemia, por isso podemos ir além dela”, aponta.

O sacerdote acredita que a interrogação sobre um “outro tipo de Natal” pode levar a que as pessoas se questionem sobre o que poderão fazer para “bem viver o Natal”.

“Este é um tempo para levantar a cabeça e olhar em frente”, cada vez mais longe, para “partilhar olhares”, observa, a respeito do Advento, as quatro semanas que marcam o início do ano litúrgico, no calendário católico, como preparação para o Natal.

As Conversas na Ecclesia, que são publicadas online pelas 17h00, abordam nas próximas semanas as tradições de Natal nas dioceses portuguesas, organizando com os responsáveis locais um cabaz solidário que será entregue às Irmãs Dominicanas do Rosário.

OC

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