Braga: Arquidiocese assinalou abertura do Ano Judicial do Tribunal Eclesiástico

«Devemos criar condições para que o viver em família proporcione a felicidade» – D. Jorge Ortiga

Foto: Arquidiocese de Braga

Braga, 31 jan 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga afirmou “a importância de olhar para as famílias com outras perspetivas e com o sentido da fé”, na sessão solene de abertura do Ano Judicial do Tribunal Eclesiástico Metropolitano Bracarense, esta quinta-feira.

“Devemos criar condições para que o viver em família proporcione a felicidade e o seio familiar seja o espaço de amor para todos os membros”, disse D. Jorge Ortiga, no Centro Pastoral da Arquidiocese de Braga.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, pelo Tribunal Eclesiástico de Braga, o arcebispo e moderador do Tribunal referiu que este organismo tem de “ser cada vez mais consciente, responsável e escrupuloso com a aplicação das orientações canónicas”.

Neste contexto, o responsável destacou “a importância de olhar para as famílias com outras perspetivas e com o sentido da fé”, na intervenção que encerrou esta sessão solene, antes da Eucaristia.

O arcebispo primaz referiu a necessidade de empenho de todos nos tribunais da arquidiocese “num trabalho em modo sinodal que deve tocar a pastoral familiar e os serviços diocesanos, as paróquias e todos cristãos”, para que todos se sintam “dignos de iluminar os outros”, inspirando-se no discurso do Papa Francisco ao Tribunal da Rota Romana, no dia 25 de janeiro, lê-se no comunicado.

D. Jorge Ortiga realçou a importância de realizarem uma cerimónia de abertura do Ano Judicial do Tribunal Eclesiástico Metropolitano Bracarense e a relevância do tema apresentado, que sublinhou aspetos relativos quer à questão matrimonial quer a outros âmbitos onde o Tribunal pode e deve intervir, que salvaguardem o “direito dos fiéis à justiça canónica”.

‘A relação entre o Tribunal Eclesiástico/Cúria Diocesana e a Santa Sé – Questões de Justiça Administrativa’ foi o tema da reflexão apresentado pelo chanceler do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, monsenhor Mário Rui Oliveira.

O vigário judicial que fez a intervenção de abertura da sessão solene apresentou a situação e a atividade do Tribunal Eclesiástico Metropolitano Bracarense em 2019 e referiu que “urge uma maior consciencialização de todos.

O padre Mário Martins, doutorado em Direito Canónico, acrescentou que se “exige uma maior capacidade” de estarem ao lado dos “reais problemas das pessoas e ajudarem em tantas circunstâncias à sua reconciliação”.

“Destaca-se a exigência de colaboração a todos os níveis e nos mais diversos âmbitos da vida eclesial, como, por exemplo, no caso do acompanhamento das famílias, com a Pastoral Familiar, para a formação e preparação dos casais, apostando na catequese pré e pós-matrimonial, num suporte perante as dificuldades e crises e também no acompanhamento nas situações ditas irregulares”, desenvolveu o sacerdote.

Na homilia da Missa, D. Jorge Ortiga a partir da expressão salus animarum (salvação das almas) destacou “a atenção” que se deve ter “sempre a cada pessoa, a cada família, a cada situação”.

“É esta atenção a cada um que deve caracterizar a atividade pastoral-curativa que o Tribunal deve desenvolver em todas as situações, salvaguardando o direito e numa sintonia permanente com o bispo e a Igreja Arquidiocesana”, acrescentou o arcebispo de Braga na Capela Imaculada.

CB

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