Braga: Arcebispo anuncia «caminhada de renovação eclesial a partir da caridade»

D. Jorge Ortiga explica que «caridade» vai «determinar os passos pastorais dum novo ciclo», até 2023

Foto Agência Ecclesia/LFS D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga

Braga, 18 jul 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga afirma que “é hora de concretizar uma renovação eclesial”, que aceitam “ser inadiável”, onde “a partir da caridade” numa mensagem no programa pastoral para o triénio 2020/2023 que tem como tema ‘Uma Igreja Sinodal e Samaritana’.

“Ao acolher a caridade como impulso pastoral deveremos, à partida, aceitar que não nos desviamos da exigência da renovação que deverá estar sempre subordinada aos ditames da evangelização”, escreveu D. Jorge Ortiga no documento publicado no sítio online da Arquidiocese de Braga.

O arcebispo de Braga afirma que a caridade “não é uma escolha opcional” mas torna-se visibilidade do “único evangelho que se anuncia”.

“O Evangelho terá de estar sempre como referência e conduzirá ao seu anúncio e à celebração mas que, inevitavelmente, se orientará para a vivência na Igreja e na sociedade”, explicou.

D. Jorge Ortiga indica que para a “redescoberta da caridade, como alma das comunidades”, vão servir-se, entre muitas outras escolhas possíveis, “da parábola do Bom Samaritano”, “importa amar a Deus e ao próximo” e vão ser ajudados “na compreensão do que o próximo significa” através dos variados gestos assumidos por esse anónimo do Evangelho.

O arcebispo de Braga salienta que se pode e devem “esperar” que, “fruto da renovação” que pretendem, a arquidiocese “venha a mostrar que é uma verdadeira Igreja Samaritana”.

“Se a caridade for acolhida como verdadeiro programa, as comunidades terão orgulho em mostrar que colocam os outros em primeiro lugar, que vivem do serviço e entrega, que arriscam tempo e dinheiro para que a vida de todos seja digna”, desenvolve, destacando que “o próximo é o caminho da Igreja” e “tudo se orienta para este serviço” e o tempo de pandemia Covid-19 “dá ainda mais urgência e relevo a esta opção pelos mais frágeis”.

D. Jorge Ortiga realça que vão continuar “a dar importância aos Grupos Semeadores de Esperança”, como “suposto desta caminhada de renovação eclesial a partir da caridade”, porque “só” avançarão “comunitariamente” se encontrarem “tempo para refletir e rezar uns com os outros”.

‘Uma Igreja Sinodal e Samaritana’ é o tema do programa pastoral da Arquidiocese de Braga para o próximo triénio – 2020/2023 – e as “novas exigências a partir da caridade” vão determinar os passos pastorais deste “novo ciclo”, onde as comunidades são convidadas a ‘olhar, cuidar, acompanhar’.

O próximo ano lembra que ‘Onde há amor há um olhar’, com a frase bíblica «chegou ao pé dele e vendo-o, encheu-se de compaixão» (Lucas 10, 33), e o objetivo geral de “viver intensamente a caridade” para oferecer um rosto sinodal e samaritano à Igreja, que “se faz próxima para cuidar e acompanhar como Jesus Cristo, Bom Samaritano”.

‘Onde há amor nascem gestos’ é o destaque para o ano pastoral 2021/2022 – «aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho» (Lucas 10, 34) -, e o triénio pastoral termina com a afirmação ‘onde há amor aí habita Deus’ e a citação do Evangelho de São Lucas «colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele».

CB

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