Bispo de Santarém publica Carta Pastoral para 2009/10

Anúncio da mensagem cristã exige testemunho de vida, acolhimento e proximidade

"Como anunciar o evangelho às pessoas da nossa época atingidas pela descristianização, aparentemente desinteressadas da fé cristã? Será que pregamos no deserto?" Estas são algumas das inquietações que o Bispo de Santarém coloca na Carta Pastoral para 2009/10.

Os sinais de indiferença têm-se revelado no decréscimo da participação nas missas de Domingo, na redução das celebrações dos sacramentos do matrimónio e da reconciliação, bem como na diminuição do número de cristãos que se consagram inteiramente à vida religiosa.

Para D. Manuel Pelino, "é um engano pensar que, ao pôr de parte a fé, as pessoas se orientam mais pela razão e se tornam mais evoluídos culturalmente. A fé cristã relaciona-se bem com a cultura e com a inteligência e promove-as".

Diante desta realidade, o Bispo de Santarém traça o "perfil do evangelizador". A sua primeira característica é ser "um irmão e amigo próximo das pessoas", dado que "as pessoas do nosso tempo prestam mais atenção a experiências e exemplos vivos do que a doutrinas e argumentos".

O documento sublinha que a relação com Cristo é uma "experiência vital", "e não apenas a adesão a uma doutrina ou tradição". Neste sentido, é necessário prestar atenção à "importância dos sinais" e "dos ícones".

A Carta, datada de 31 de Julho, refere a necessidade de renovar a formação das crianças e dos adultos, através de "propostas e meios sempre novos", pois a transmissão da mensagem cristã "não pode repetir e manter o que sempre e como sempre se fez". Por outro lado, é necessário conhecer previamente as questões colocadas pelas pessoas a quem é dirigido o anúncio.

Além de investir na educação cristã contínua, a Igreja é chamada a responder à pobreza e a colaborar na justiça e solidariedade social. Tendo em conta estas tarefas, o Bispo de Santarém pergunta: "Onde vamos encontrar colaboradores em número e qualidade suficiente?".

O documento, intitulado "Brilhe a vossa luz diante dos homens", divide-se em cinco capítulos: "A humanidade necessita de luz", "A procura de Deus no coração humano", "O Evangelho é força de salvação para todos os homens", "A pedagogia da evangelização" e "A responsabilidade de todos os fiéis na missão da Igreja".

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