A Associação “In Familia” deu início às suas actividades, no passado sábado, e pretende agora crescer, ter força representativa e ter voz para fazer valer as suas ideias em prol da vida e da família. A sua apresentação pública ocorreu na primeira iniciativa que organiza, tratando-se da I Convenção Minhota pela Vida e pela Família, que teve lugar no Centro Cultural e Pastoral. O presidente da “In Familia” desejou que este dia «seja apenas o primeiro de um percurso que nos há-de conduzir a um país em que cada novo ser humano seja acolhido como factor de esperança para um mundo melhor e que cada família seja vista e desejada como espaço, mais do que privilegiado, para a realização das pessoas». No seu discurso de abertura, Fernando Almeida lembrou que a decisão de criar esta associação foi tomada ainda no decorrer da campanha para o referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez. «A designação da “In Familia” foi escolhida por aquelas razões que nos tocam mais fundo. A família como bem necessário para as nações. A família como fundamento indispensável para a sociedade. A família como primeiríssima escola de virtudes. Esta família de que falamos constitui o fulcro dinamizador das nossas acções em prol da defesa da vida e da responsabilidade social», realçou. O presidente chamou a atenção para o actual momento que vivemos e que antecede o anúncio de diversas iniciativas que virão a público, provavelmente, no final deste Verão. «Aparentemente, o país ainda está a digerir os resultados do refendo de 11 de Fevereiro. Nos bastidores, porém, aqueles que rejeitam a maravilhosa aventura da vida humana como um dom, desde a concepção até à morte natural, assim como aqueles que pretendem deturpar o conceito de família, reduzindo-o a um qualquer contrato diria quase mercantil, já se encontram empenhados na preparação dos esquemas que, segundo pensam, lhes vão permitir atingir os objectivos que pretendem», salientou. Fernando Almeida justificou, por outro lado, que a convenção realizada ontem, e que foi o primeiro acto público da nova associação, teve como um dos seus objectivos ouvir as experiências de outras organizações que trabalham para a dignificação do papel da mulher na sociedade, a defesa da vida e a valorização da família. Foi ainda objectivo da iniciativa reflectir sobre a vida e a família na comunicação social. Plano de acção Um dos momentos altos da convenção aconteceu já no período da tarde, com a leitura dos 14 pontos da Carta de Princípios e o plano de acção da “In Familia” até ao final deste ano. Assim, Fernando Almeida revelou que vai ser criado um “web site” dinâmico da “In Familia” e divulgada, de uma forma periódica, uma “newsletter”. «Vamos procurar instalar sedes da In Família no maior número possível de concelhos minhotos, vamos promover a organização de cursos de orientação familiar, um em Setembro e outro em Outubro, cada um com a duração de um fim de semana inteiro», disse. Por outro lado, acrescentou, vão também ser organizadas quatro tardes designadas “Tardes em Família”, em quatro sábados distintos, ao ritmo de um por mês, já a partir de Setembro. O presidente revelou ainda que a associação vai estabelecer as bases para acordos de cooperação com instituições públicas e privadas e com o próprio Estado, a começar com a Segurança Social. Vão ainda ser estabelecidas parcerias com o maior número de associações de pais, escolas e outras instituições congéneres, no sentido da associação intervir como ajuda aos elementos desses grupos. «Estamos convencidos que podemos constituir uma ajuda para o processo educativo das crianças e dos jovens, assim como ajuda para os próprios casais», disse Fernando Almeida. A “In Familia” vai também estabelecer as bases para o apoio de ordem médico, jurídico, psicológico e social a grávidas, sem querer constituir-se como um Centro de Apoio à Vida, que já existe na Arquidiocese de Braga. Por fim, a associação vai ainda iniciar uma série de intervenções junto da comunicação social acerca da vida, da família e da responsabilidade social.