As consequências da clonagem humana

A acontecer, a clonagem de seres humanos “será a maior revolução cultural e de civilização desde o neolítico” – afirmou Jorge Teixeira da Cunha, professor da UCP, na Semana de Estudos Teológicos de Braga, a decorrer naquela cidade até 29 de Janeiro. Segundo este especialista em bioética, “a acontecer esta revolução procriática, o mundo já não será o mesmo”. Com a clonagem de um ser humano, afirmou Jorge Teixeira da Cunha, inova-se uma “antiquíssima regra”. “Quando o homem se tornou lavrador, aprendeu e estruturou a cultura com a regra da semente que morre para se multiplicar”. Com a nova tecnologia – explicou -, “um clone não será filho de ninguém, nem irmão de ninguém, quer dizer que será completamente transtornada a sucessão de gerações, a temporalidade, e consequentemente a identidade humana”. Esta “mudança de civilização”, realçou também o conferencista, enquadra-se nas “várias ideias estruturantes do imaginário social dos nossos dias”, funcionando algumas delas como “utopias da cultura”.

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