Aproximar os cristãos da Bíblia

Semana Bíblica que decorreu em Fátima deixa vontade de aprender mais

A Semana Bíblica Nacional é uma resposta à falta de ligação entre o mistério da fé e a própria razão humana, assim considera Maria do Rosário Oliveira, participante assídua na proposta que os Franciscanos Capuchinhos fazem na última semana de Agosto.

“Falta aos cristãos a ligação entre o mistério da fé e a razão. A Semana Bíblica ajuda a encontrar perspectivas e linhas orientadoras para atingir a coerência de vida, para o nosso querer”, explica à Agência Ecclesia esta catequista de Coimbra que há 15 anos não falta à Semana Bíblica Nacional.

A 33.ª semana, que agora termina em Fátima, dedicada à «Aliança na Bíblia e as nossas alianças», deixa nos participantes a vontade de aprender. O Diácono António Carvalho afirma não se sair deste encontro “com doutoramento em Bíblia”, mas sim com “entusiasmo para querer saber mais”.

Diácono permanente enviado para as paróquias do Cacém e de Mira Sintra, na diocese de Lisboa, assume participar neste encontro para responder à necessidade de se relacionar mais intimamente com Deus e com a sua Palavra. “É fundamental este encontro e aprofundamento para o meu serviço à Igreja”, traduz o diácono permanente.

Esta proposta dos Franciscanos Capuchinhos, no entender deste participante de Lisboa, aproxima os cristãos dos conteúdos bíblicos. “Se não nos disponibilizarmos para aprofundar e para escutar, a Bíblia torna-se um livro vulgar”.

O objectivo deste encontro proposto desde há 33 anos, explica Frei Herculano Alves, director da revista Bíblica, professor de Sagrada Escritura na UCP e doutorado em Teologia Bíblica, é proporcionar aos participantes um contacto directo “numa abordagem técnica na forma de ler a Bíblia”. No entanto, as conferências ao longo da semana não se limitam a abordagens teóricas, mas estão “profundamente ligadas à vida”.

Cada semana é organizada sempre com temas diferentes. O Franciscano Capuchinho aponta a “inesgotabilidade científica da Bíblia”. A participante Maria Luísa Abreu, de Coimbra, refere a novidade.

“Não se esgota e cada tema permite ser aprofundado ao longo do ano”, refere esta catequista também de Coimbra. “A semana é um tempo cheio de conteúdos de tal forma importantes que não deixam tempo, por vezes, para apreender tudo. Ao longo do ano há sempre forma de aprofundar os conteúdos aqui transmitidos”.

Maria do Rosário Oliveira refere que a cada ano “Deus fala de formas diferentes em diferentes fases da vida”. A dialéctica entre o “experimentar e viver Deus” e as “perspectivas que os oradores oferecem” apresenta o “enriquecimento e amadurecimento da vida de um cristão”.

Os participantes têm a possibilidade de, através da revista científica dos Franciscanos Capuchinhos que publica todas as intervenções, continuarem o aprofundamento e serem agentes dinamizadores da Bíblia nas suas paróquias.

A dinamização e o estudo da Bíblia é um dos carismas dos Franciscanos Capuchinhos, que se sentem chamados a este serviço dentro da Igreja.

“O contacto com a Bíblia por parte dos leigos é sempre fácil mas tem o seu lado difícil”, indica o Frei Herculano Alves. Dificuldades passíveis de tornear através da formação que deve ser vista como “um enriquecimento para a Igreja em Portugal”.

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