Desde há um ano que a creche católica de Betânia, em Jerusalém, acolhe cerca de 50 crianças palestinianas, da área de Aizaria. Um serviço que pode ser encerrado, devido ao clima de insegurança que reina na região.
Para chegar à instituição, gerida pela Congregação das Irmãs Combonianas, as crianças utilizavam como passagem uma fenda existente no muro de separação da Cisjordânia, que envolve a cidade de Jerusalém. Contavam ainda com a colaboração de dois soldados israelitas, que as escoltavam até à creche.
Segundo a agência ZENIT, depois de um encontro nos últimos dias, entre o núncio apostólico em Israel, D. António Franco, a congregação comboniana e as autoridades militares israelitas, as crianças foram proibidas de continuar a utilizar aquele sistema.
A decisão foi veiculada pelo site do patriarcado latino de Jerusalém, onde se podia ler que as autoridades israelitas consideravam que a passagem já não era segura para ninguém.
As irmãs combonianas vêem-se agora obrigadas a encontrarem novas soluções para acolher os seus pequenos alunos. Nesta altura decorrem negociações, entre a congregação e o exército, no sentido de estudar a melhor alternativa possível.
O pior cenário, ou seja, o encerramento da creche, seria um revés muito grande para o futuro das 50 crianças palestinianas, no entender dos pais e das responsáveis religiosas.
Redacção/Zenit