Angra: D. António de Sousa Braga doou o anel de bispo ao Museu de Santa Maria e Santo Espírito

Cónego Hélder Fonseca Mendes recordou «um homem da Igreja e um homem do mundo», nas exéquias fúnebres

Foto Igreja Açores

Vila do Porto, Santa Maria, Açores, 26 ago 2022 (Ecclesia) – O administrador diocesano de Angra disse que vivem “uma sede ‘duplamente’ vacante” nas exéquias fúnebres do bispo emérito, recordando “um homem da Igreja em Portugal e da Igreja universal, um homem do mundo”, esta quinta-feira, em Santa Maria.

“Mais do que chorar a morte do D. António, sabemos que o grão de trigo se não for lançado à terra não produz fruto mas se for produzirá muito fruto. A sua vida foi uma vida sábia e de uma sementeira constante, quer na sua casa aqui em Santa Maria, quer no seminário da Madeira, em tantas cidades, em Roma e como bispo dos Açores”, disse o cónego Hélder Fonseca Mendes, na homilia da celebração, divulga o portal online ‘Igreja Açores’.

O administrador diocesano de Angra afirmou que o bispo emérito D. António de Sousa Braga foi “um homem da Igreja em Portugal e da Igreja universal e um homem do mundo”, na Missa presidida pelo núncio apostólico em Portugal, D. Ivo Scapolo.

O bispo emérito de Angra faleceu na segunda-feira, dia 22 de agosto, em Lisboa, aos 81 anos de idade, na sequência de uma paragem cardio-respiratória, numa clínica onde fazia tratamentos diários.

António de Sousa Braga nasceu a 15 de março de 1941, na freguesia de Santo Espírito, ilha de Santa Maria, nos Açores,  o quinto de 10 irmãos.

“Era um homem de Santo Espírito e de Santa Maria mas que foi mais além desta terra como padre, missionário, professor e formador e como bispo” destacou o cónego Hélder Fonseca Mendes, nas exéquias fúnebres em Santa Maria.

O sacerdote, que foi vigário-geral de D. António de Sousa Braga durante mais de uma década, no final leu o seu ‘testamento’, em forma de carta enviada aquando da sua resignação, onde doa o anel de bispo ao Museu de Santa Maria e Santo Espírito.

Na cerimónia participaram representantes dos principais órgãos de governo da Região dos Açores, autoridades autárquicas, familiares e amigos, sacerdotes da Diocese de Angra e da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos).

D. António de Sousa Braga foi bispo de Angra até 15 de março de 2016, quando, completados os 75 anos de idade, o Papa Francisco aceitaria o seu pedido de resignação, sucedendo-lhe no cargo D. João Lavrador, desde 29 de setembro de 2015, bispo coadjutor com direito de sucessão.

Após a sua resignação, D. António de Sousa Braga quis voltar aos Sacerdotes do Coração de Jesus, ao Seminário de Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide, onde foi formador e superior da comunidade.

No domingo, dia 27, pelas 18h00, decorrerá na Sé de Angra a missa de sétimo dia, que será presidida pelo administrador diocesano e concelebrada pelo Cabido Catedralício.

O cónego Hélder Fonseca Mendes assinalou que a Diocese de Angra vive “agora uma sede ‘duplamente’ vacante”, porque não tem bispo titular, após a nomeação de D. João Lavrador para Viana do Castelo, como perderam o bispo emérito.

D. António de Sousa Braga foi sepultado no cemitério da freguesia de Santo Espírito; O percurso entre a igreja e o cemitério foi acompanhado ao som da  Banda Recreio Espirituense, informa o sítio online ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra

CB

 

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Agência ECCLESIA

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