Algarve: «Lavar os pés significa estar atentos às necessidades dos outros», indicou bispo diocesano

D. Manuel Quintas repetiu o gesto de Jesus e lavou os pés a 12 homens, pedindo aos cristãos que façam o mesmo

Foto Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Faro, 29 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo do Algarve disse à sua diocese que “lavar os pés significa estar atentos às necessidades dos outros”, na homilia da Missa da Ceia do Senhor de Quinta-feira Santa, início do Tríduo Pascal, na Sé de Faro.

“É uma recomendação que Jesus faz a todos, mesmo àqueles que ocupam na Igreja ministérios ordenados. Não podemos desligar-nos de maneira nenhuma desta marca indelével que Jesus nos deixou”, disse D. Manuel Quintas.

Na Sé de Faro, informa o jornal diocesano ‘Folha do Domingo’, o bispo do Algarve afirmou que “não basta participar na Eucaristia”, relançado que esta se complementa na vida, “com a caridade fraterna, com gestos fraternos e solidários”.

“Participar na Eucaristia desligado da vida e, sobretudo, dos últimos – aqueles para quem Jesus veio – não é uma verdadeira participação. É cumprir um preceito, mas não significa deixar-se envolver por aquilo que a Eucaristia representa: pão partilhado, vida entregue, sobretudo como serviço aos outros”, desenvolveu.

Na Missa da Ceia do Senhor, o bispo do Algarve também imitou o gesto do lava-pés de Jesus aos seus discípulos, e lavou os pés a 12 homens, pedindo aos cristãos que façam o mesmo, porque “lavar os pés significa estar atentos às necessidades dos outros”.

A partir da liturgia desta celebração, D. Manuel Quintas destacou que a expressão «amou-os até ao fim» se refere precisamente “à doação plena de si mesmo”, que é o que celebram em cada Eucaristia, ao evocarem “o mistério da cruz de Cristo onde ele se entrega, se dá plenamente, totalmente”.

“Esta atitude de Jesus é lição contínua para nós. A cruz é uma faculdade onde aprendemos o verdadeiro sentido da vida vivida como doação, como serviço aos outros: Dar a vida significa amar até ao fim como Jesus”, acrescentou, lê-se no ‘Folha do Domingo’.

No final da celebração o Santíssimo Sacramento foi levado em procissão e colocado em lugar de destaque no interior da catedral para veneração e adoração dos fiéis, que só voltam a celebrar a Eucaristia na Vigília Pascal de Sábado Santo.

CB

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