Algarve: Bispo quer ação social da Igreja «testemunhada com mais vigor»

Cáritas Paroquial da matriz de Portimão inaugurou Cantina Social

Portimão, Faro, 25 fev 2015 (Ecclesia) – O bispo do Algarve alertou que algumas pessoas “estranham” o “imperativo inadiável e irrecusável” da Igreja pela ação social e lamentou que esta dimensão não seja “testemunhada com mais vigor”.

“Não podemos apenas limitar-nos àquilo que é a proclamação do evangelho, à dimensão celebrativa”, disse D. Manuel Quintas, recordando que a ação da Igreja também passa pelo “serviço da caridade”, uma “dimensão social estruturante”.

Na bênção e inauguração da Cantina Social da Cáritas Paroquial da matriz de Portimão o bispo do Algarve alertou que o “defeito” não é de quem estranha a opção da Igreja pela ação social como um “imperativo inadiável e irrecusável”.

“É que nós não testemunhamos essa dimensão com a mesma força e vigor de outras dimensões”, observou o bispo do Algarve.

Para D. Manuel Quintas o Estado “não” deve substituir-se àquilo que “os cidadãos podem e devem fazer” mas “harmonizar, regular, legislar” para que este serviço se preste de modo “concreto e efetivo”.

“O povo deve ser e permanecer o sujeito, o fundamento e o fim da vida social. Uma vez que a soberania radica na sociedade civil, é a construção do bem comum, aos mais diversos níveis, que justifica a autoridade e intervenção do Estado”, desenvolveu.

Segundo o bispo diocesano, a organização da Pastoral Socio caritativa, “como expressão da fé”, situa-se no “cerne da procura do seguimento fiel do evangelho”.

Os cristãos, acrescentou, estão conscientes que o “serviço fraterno” constitui uma “dimensão fundamental” do seguimento e da identificação com Cristo, a par da celebração da fé e do anúncio do Evangelho.

Na nova valência da Cáritas Paroquial de Portimão, D. Manuel Quintas comentou que “o bem comum” e a edificação de uma “sociedade solidária mais justa e fraterna” exige que se conceda ao princípio da subsidiariedade “pleno alcance e sentido”.

Segundo o jornal diocesano Folha do Domingo, o prelado citou o Papa emérito Bento XVI e recordou: “A ação social pertence à natureza da Igreja e exprime, irrenunciavelmente, a sua essência e identidade.”

FD/CB

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