Algarve: Bispo pediu que jovens «ocupem o lugar que lhes pertence» no novo ano pastoral

«É importante acolher este sonho do Espírito que é chegar a todos» – D. Manuel Quintas

Faro, 11 out 2023 (Ecclesia) – O bispo do Algarve pediu a colaboração de todos no novo ano pastoral, falando na assembleia diocesana de apresentação do Programa Pastoral 2023/2024, onde destacou a importância dos jovens.

“Reconhecemo-los não só como destinatários, mas também pretendemos que eles próprios sejam protagonistas desta ação pastoral e se assumam junto dos seus coetâneos e das suas comunidades, ocupem o lugar que lhes pertence”, disse D. Manuel Quintas, no salão paroquial de São Pedro do Mar, em Quarteira, informa o jornal ‘Folha do Domingo’.

O bispo do Algarve pediu que a Assembleia Diocesana, com “quase 400 agentes da pastoral”, tivesse “a marca sinodal”, desejando que a diocese seja “uma Igreja unida, fraterna, que sabe escutar com humildade e falar com audácia”; no contexto da sinodalidade, pediu que se interessem pela primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que está a decorrer até dia 29 de outubro.

‘Com todos, renovar pela transformação do Espírito’, é o tema do ano pastoral 2023/2024, o terceiro e último ano do triénio que começou em 2021, com o tema geral: “Renovar pela transformação do Espírito (Ef 4,23)”; o jornal diocesano informa que acrescentaram ‘com todos’ inspirados nas palavras do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, que se realizou de 1 a 6 de agosto.

Manuel Quintas salientou que “o Espírito precisa de todos”, para a renovação que pretendem implementar como “conversão pessoal, pastoral, eclesial”, e afirmou que “é importante acolher este sonho do Espírito que é chegar a todos”.

A Diocese do Algarve está a desenvolver um projeto de reorganização da estrutura pastoral territorial, a “nova organização da pastoral paroquial em chave missionária”, anunciado em julho de 2022; vai substituir a estrutura das quatro vigararias, que existe desde 27 de maio de 2007, para “três grandes Regiões Pastorais”.

O bispo diocesano pediu que “copiem” o documento, que vai “ajudar a inspirar” a maneira de organizarem-se “pastoralmente e paroquialmente na diocese”: “Leiam-no e, quando forem convocados, participem”.

“Tem de haver esclarecimento, mas também diálogo para escutarmos o que os leigos pensam desta proposta, sobretudo para não corrermos o risco de que fique somente na esfera dos ministros ordenados e fique pelo caminho”, desenvolveu o vigário episcopal para pastoral da Diocese do Algarve, adiantando que “deve entrar em pleno andamento” neste ano pastoral, referindo que “em muitas paróquias não se sabe ainda do que se trata”.

O padre António de Freitas sublinhou que querem “com todos e sem ninguém excluir, continuar a trilhar caminhos do Evangelho em comunhão diocesana”, e do programa pastoral destacou a formação para ministros extraordinários das exéquias, pelo Secretariado Diocesano da Liturgia, a preocupação com a formação permanente, o trabalho de reflexão e programação sinodal entre a Pastoral Juvenil, a Pastoral Vocacional e Pastoral Universitária.

“Um trabalho em rede – diocese, regiões, centros evangelizadores e paróquias – em que os coordenadores e líderes sejam os próprios jovens e leigos e não outros agentes mais velhos ou ministros ordenados”, realçou o sacerdote.

O vigário episcopal para pastoral do Algarve destacou a Jornada da Igreja Diocesana no dia 18 de maio de 2024.

Nesta assembleia diocesana, o padre Sérgio Leal, da Diocese do Porto, especialista em sinodalidade, apresentou a conferência ‘Sinodalidade e a Corresponsabilidade Pastoral’.

CB/OC

 

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