Donativo de mais de 12 mil euros visa apoiar populações vítimas de sismo, em 2023
Angra do Heroísmo, Açores, 18 mar 2024 (Ecclesia) – A Diocese de Angra, nos Açores, anunciou hoje que entregou o resultado da renúncia quaresmal de 2023, através da Cáritas Internacional, às vítimas do terramoto na Síria, ocorrido a 6 de fevereiro do ano passado.
A entrega no valor de 12.378.40 euros foi realizada na semana passada à Cáritas da Síria, informa o ecónomo diocesano, cónego António Henriques Pereira, avança o portal ‘Igreja Açores’.
O donativo tem como objetivo apoiar as populações sírias vítimas do terramoto, que atingiu também a Turquia, e que resultou na morte de mais de 50 mil pessoas e feriu mais de 100 mil pessoas.
“Todos sabemos o que significa um terramoto nos Açores, também o povo açoriano já foi sujeito de semelhante ajuda fraterna, até de outros países. Agora vamos pensar neles e nas suas casas e vidas a reconstruir”, escreveu o bispo de Angra, D. Armando Esteves, na mensagem para a Quaresma 2023.
Já este ano, a Diocese de Angra decidiu destinar a renúncia quaresmal a projetos de dois países lusófonos.
Em São Tomé e Príncipe, a diocese responde ao pedido do Projeto de Desenvolvimento Integral de Lembá (PDIL), na cidade das Neves, que é desenvolvido pela Associação Abraçar São Tomé e Príncipe: o Centro Social Mãe Clara “dá mais de 2000 refeições a crianças e idosos”; a Escola Nossa Senhora das Neves para mais de 800 crianças; o Centro Despertar a mais de 200 crianças e a Sala de Informática da Escola Nossa Senhora das Neves.
Em Cabo Verde, a Cáritas Diocesana de Santiago-Praia manifestou a “necessidade de se construir um depósito de água potável” na escola primária de Pingo de Chuva, cujo projeto “ronda os 800 euros”.
A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.
A Quaresma é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), de preparação para a Páscoa, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, com início na Quarta-feira de Cinzas (14 de fevereiro, este ano).
LJ