Açores/Crise: Sacerdotes querem respostas de «proximidade»

Conselho Pastoral de Angra procura envolver comunidade local na busca de soluções para problemas como o desemprego e o endividamento

Lisboa, 22 nov 2011 (Ecclesia) – O clero da diocese de Angra, Açores, quer acompanhar mais de perto as famílias em dificuldades, através da formação de agentes pastorais e da criação de serviços de “proximidade” que permitam sinalizar e resolver os problemas.

Em comunicado publicado no site da diocese, os membros do Conselho Pastoral destacam a importância de “valorizar a comunidade cristã local”, em “articulação” com a “rede social existente ou a criar”.

“Deve fazer-se uma aposta na formação, à luz da Doutrina Social da Igreja, de todos os intervenientes na ação pastoral, de forma que os meios de que a Igreja dispõe sejam instrumentos coordenados e eficazes”, pode ler-se.

Num ano pastoral dedicado às famílias mais vulneráveis, em contexto de crise, os sacerdotes apontam como principais obstáculos “o desemprego, uma deficiente gestão do rendimento disponível, a subsidiodependência, a desresponsabilização das famílias nos processos de desenvolvimento e educação dos filhos”.

O documento conjunto alerta ainda para a “falta de diálogo, de tempo de escuta e de ligações intergeracionais; a desestruturação da família; o abandono dos idosos; a infidelidade e a violência doméstica”.

Para aquele órgão diocesano, que reuniu entre sexta-feira e domingo, é preciso também estar atento aos “sem-abrigo” e “portadores de deficiências e perturbações mentais”, aos “repatriados, delinquentes e sós”, aos “doentes de baixos rendimentos e casais endividados” e às “crianças de ambientes problemáticos, jovens com falta de horizonte e de projeto de vida e mães adolescentes”.

A todas estas pessoas, o Conselho Pastoral de Angra envia uma mensagem de disponibilidade e “serviço”, manifestando a intenção de ser “fermento” no meio das “alegrias e lutas da vida”.

JCP

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