Porto: Administrador apostólico da diocese alerta para leituras parciais da «Evangelii Gaudium»

D. Pio Alves destaca centralidade de Jesus Cristo na primeira exortação apostólica do Papa

Porto, 06 dez 2013 (Ecclesia) – D. Pio Alves, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações, alertou para os riscos de fazerem leituras parciais da primeira exortação apostólica do Papa, ‘Evangelli Gaudium’ (A alegria do Evangelho).

“Temo que, como vem sendo hábito, na leitura do documento papal, os focos isolem questões antropológicas e sociais importantes, mas desligadas do tronco. Temo que seja feita uma leitura de nãos”, escreve o administrador apostólico da Diocese do Porto em artigo de opinião publicado no mais recente número do Semanário ECCLESIA.

Para o prelado, este isolamento e retalho “seria o caminho mais curto para fabricar fardos, fechar caminhos, apagar luzes” e “o modo mais garantido de afundar o buraco” que se tem “vindo a cavar”.

Segundo D. Pio Alves, o Papa Francisco “independentemente” das questões concretas que aborda, centra-se “no essencial” que é “Jesus Cristo”, numa “feliz continuação” do Ano da Fé”.

“Deus que vem ao nosso encontro não inventa complicados caminhos de fidelidade; fardos pesados e insuportáveis que devemos carregar (cfr Mt 23, 4)” mas “abre trilhos de felicidade”, considera.

Neste contexto, escreve que no dia 24 de novembro foi “fechada” a “porta do Ano da Fé” mas “não a porta da fé” que “introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja”.

No artigo de opinião, o administrador apostólico da Diocese do Porto recorda que durante os vários meses do Ano da Fé, vivido de outubro 2012 a novembro de 2013, “se abriram espaços de encontro e diálogo”.

Sem essa realidade, “os esforços feitos” e “as energias despendidas”, segundo D. Pio Alves teriam servido “apenas para alimentar vagos e inócuos sentimentos religiosos”.

CB/OC

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