Centro Bento XVI, em Fátima, quer ser referência para o setor
Fátima, Santarém, 06 dez 2013 (Ecclesia) – A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) vai inaugurar este sábado em Fátima uma unidade especializada para os doentes com demências, em particular Alzheimer, na qual vai dar também formação.
O responsável pela área da saúde da UMP considera que o Centro Bento XVI é o “ponto fulcral” do trabalho destas instituições em relação ao problema das demências.
Manuel Caldas de Almeida disse à Agência ECCLESIA que este é um “projeto piloto” para “um problema muito grave”.
O aumento do número de pessoas com demências é notório e a UMP fez um projeto que tem duas componentes: “Adaptação dos lares e dos apoios domiciliários para saber dar resposta às pessoas com demência e dar formação aos cuidadores que estão nos lares”.
O Centro Bento XVI faz parte de um projeto “mais alargado”, mas é uma “unidade diferenciada e especializada para pessoas com demência integrada na rede nacional de cuidados continuados”, disse o responsável.
“Não vão ser precisos muitos mais centros destes, eventualmente um centro em cada região”, frisou Manuel Caldas de Almeida, acrescentando que o “mais importante é qualificar os lares”.
Atualmente existem cerca de 140 mil pessoas com demência, 90 mil dos quais com Alzheimer e a nova unidade pretende “desenvolver e acompanhar o processo de demência nos sítios onde as pessoas estão”, afirmou o responsável.
O Centro Bento XVI vai ser inaugurado oficialmente com a presença de D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, e do ministro da saúde, Paulo Macedo.
Os bispos portugueses visitaram o espaço no dia 13 de novembro, a convite da União das Misericórdias Portuguesas.
Em declarações à Agencia ECCLESIA, o presidente da UMP, Manuel Lemos disse que o convite foi formulado para que os bispos se “inteirassem” da maneira como a instituição está a “olhar para o problema” e o que está a fazer com este edifício, cuja primeira pedra foi benzida pelo Papa emérito Bento XVI.
Manuel Lemos referiu ainda que a casa tem dois objetivos: acolher os doentes e fazer formação para que as boas práticas se possam replicar, ensinando as pessoas nos lares das Misericórdias, de Instituições Particulares de Solidariedade Social e outras que ali queiram vir aprender para que o problema da demência possa ser minorado.
O Centro Bento XVI, para apoiar doentes de Alzheimer e pessoas com demência tem capacidade para 60 utentes, sendo 50 comparticipados pelo Estado na Rede Nacional de Cuidados Continuados.
A obra custou 4 milhões de euros, dos quais 700 mil pagos pelo Estado.
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