JMJ 2013: Herança sustentável une peregrinos com preocupações ambientais

Site e guia ecológicos por um mundo melhor

Rio de Janeiro, Brasil, 11 jul 2013 (Ecclesia) – A próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pretende construir um legado ambiental, com a ajuda dos peregrinos, para a cidade brasileira que acolhe o encontro, o Rio de Janeiro, para o país e para o mundo.

Uma das primeiras ações deste propósito é a construção de um site ecológico que promete ser um importante instrumento para a preservação da vida ambiental do planeta.

A ideia partiu das oito recomendações e dez sugestões do documento da Igreja “Curar um mundo ferido”, escrito por padres jesuítas.

Das sugestões apresentadas no documento fazem parte assuntos e preocupações concretas, transversais a toda a sociedade, como: o uso de transportes públicos e particulares que sejam amigos do ambiente; a reciclagem; a poupança de energia; o depósito de pilhas em locais apropriados, como os pilhões; o uso de produtos de limpeza biodegradáveis, entre outras.

Por isso, o site será, também, elaborado por sacerdotes da Companhia de Jesus, do Secretariado de Justiça Social e Ecologia, de Roma, com estudantes dos colégios jesuítas e das Universidades Católicas.

“A ideia é atribuir subsídios a professores de faculdades e escolas jesuítas, de todo o mundo, para que tenham conteúdos ambientais bem estruturados, com perspetivas éticas e espirituais, que permita trabalhar com os jovens as questões ambientais em toda a sua amplitude e facilitar a inserção de novas ações em prol da sustentabilidade”, revela Luiz Felipe Guanaes, diretor do Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (NIMA) da PUC-Rio, um dos responsáveis pelo projeto

Para o padre  Alfredo Ferro, coordenador do setor social da Conferência de Provinciais Jesuítas da América Latina, as novas gerações têm mais consciência ecológica porque “há uma relação mais forte com a natureza” e mais “conhecimento” ambiental.

Pelo número esperado de peregrinos, mais de dois milhões, a Jornada Mundial da Juventude pode ajudar “a construir uma mensagem mais ecológica e ambiental para os jovens”, acrescentou.

Outro projeto de cariz ambiental, apresentado no dia 3 de junho, é o Guia Ecológico da JMJ que foi elaborado por Luiz Felipe Guanaes e pelo padre Josafá Siqueira, reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Neste momento, todos os peregrinos e voluntários já podem ter acesso ao Guia que pretende relembrar a importância de ações de responsabilidade social em grandes iniciativas, como a 28ª JMJ, e sugere vários compromissos.

“Consiste em enfatizar que a questão ecológica está relacionada com a fé, lembrar a responsabilidade teológica com a criação e a nossa missão em cuidar daquilo que Deus colocou nas nossas mãos e mostrar a preocupação ética da Igreja com o meio ambiente”, explicou o padre Josafá Siqueira.

No fim do guia, os autores explicam quais as posições dos últimos quatro pontificados em relação ao meio ambiente, pelos documentos que escreveram.

Os peregrinos, através de uma página no site do NIMA, podem medir o seu consumo de dióxido de carbono – CO2 – e saber quantas árvores devem plantar para compensarem o que consumiram.

A 28ª Jornada Mundial da Juventude vai decorrer entre 23 e 28 de julho na cidade brasileira do Rio de Janeiro e tem como lema ‘Ide e fazei discípulos de todos os povos’.

O Papa Francisco vai participar nos atos conclusivos deste encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, naquela que será a sua primeira viagem ao estrangeiro desde o início do pontificado.

CB/OC

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