Cardeal português acompanhou anúncio da resignação e confessa surpresa
Cidade do Vaticano, 12 fev 2013 (Ecclesia) – O cardeal português, D. José Saraiva Martins, disse hoje esperar que o próximo Papa continue “o magistério de Bento XVI”, por considerar que este foi “muito claro e muito firme”.
D. José Saraiva Martins estava “muito perto” de Bento XVI quando este anunciou, esta segunda-feira, a renúncia ao cargo, e declarou à Agência ECCLESIA que “ninguém imaginava que ele fosse renunciar”.
Com 81 anos de idade, o cardeal português, prefeito emérito da Congregação para a Causa dos Santos não vai participar no próximo conclave, no entanto – referiu – “todos os cardeais podem ser votados, mesmo que não façam parte do conclave”.
Bento XVI apontou as razões de saúde e falta de vigor para a sua renúncia, condições essenciais para exercer o magistério.
Para D. José Saraiva Martins, o sucessor de Bento XVI deve “ter vigor”, mas, em relação, à idade defende que, atualmente, “ter 60 ou 70 anos não é ser velho”.
Joseph Ratzinger, que foi eleito em abril de 2005 para suceder a João Paulo II, vai completar 86 anos de idade dentro de 2 meses.
A partir das 20h00 (menos uma em Lisboa) do dia 28 de fevereiro, a Igreja fica em estado de ‘Sé Vacante’ sendo convocado um conclave para a eleição de um novo Papa.
Em abril de 2009, Bento XVI realizou um gesto simbólico ao depositar o pálio – insígnia pessoal e de autoridade – junto da porta santa da Basílica de de Collemaggio, de L’Aquila (Itália), que lhe fora imposto no dia do início de pontificado, em cima do relicário com os restos mortais do Papa Celestino V (1215 – 1296), pontífice que governou a Igreja Católica durante alguns meses, em 1294, antes de apresentar a sua renúncia.
LFS/OC