D. José Cordeiro, um ano em Bragança

Responsável destaca criação de unidades pastorais como concretização do II Concílio do Vaticano

Bragança, 29 set 2012 (Ecclesia) – A criação de unidades pastorais na Diocese de Bragança-Miranda, com equipas de trabalho compostas por padres, religiosos, leigos e diáconos permanentes é vista pelo bispo local como a concretização da “fidelidade às linhas do II Concílio do Vaticano”.

“O que estamos a realizar já foi pedido há 40 anos às dioceses: uma reorganização e um novo estilo de ser cristão” afirmou ao programa ECCLESIA, D. José Cordeiro, que chegou há um ano ao nordeste transmontano.

Bragança-Miranda, a quinta maior diocese do país, mais pequena em população, inicia o ano pastoral com a reconfiguração dos 12 arciprestados existentes para os atuais quatro permitindo “um melhor trabalho de comunhão entre leigos e clero, religiosos e os diáconos permanentes que já existem e vão existir”.

As 326 paróquias – da responsabilidade de 60 párocos, entre 98 sacerdotes que compõem o clero de Bragança-Miranda – foram agrupadas em 40 unidades pastorais tendo 29 já iniciado as atividades no início do mês de setembro, 19 das quais com paroco in solidum, ou seja, com comunidades sacerdotais responsáveis por uma ou várias paróquias em espírito “solidário e de Igreja comunhão”.

Esta “ousadia” que é a criação de unidades pastorais corresponde a uma “revolução que exige muita formação e conversão pastoral, pois só por si não resolvem o problema, adianta D. José Cordeiro: “diminuição demográfica” e “poucos presbíteros”.

Bragança conta com “muitos leigos com vontade de colaborar e formar”, impulsionado pela abertura do Instituto Diocesano de Estudos Pastorais, com os diáconos permanentes já existentes e “a existir”.

Para o responsável diocesano este é um processo “lento e progressivo”, e por isso, considera ser normal o encontro de “algumas resistências”.

“Estava à espera dessas resistências, tanto por parte dos presbíteros como dos leigos”, refere D. José Cordeiro, para quem a mudança se situa no paradigma pastoral, pois estava centrado no pároco e agora está centrado na equipa pastoral.

No dia 2 de outubro passa um ano sobre a ordenação episcopal do bispo de Bragança-Miranda, que considera ter sido “uma escola de paciência”, um tempo de “escuta e de reconhecimento da realidade”, depois de 12 anos a viver em Roma.

“Tem sido um ano de graça, de unidade e de paz, que procuramos reconstruir e aprofundar com as pessoas que andam à procura da verdade na sua vida”, refere D. José Cordeiro dias antes de iniciar a sua primeira visita pastoral às paróquias da diocese, no concelho de Vinhais.

Apresentado, há um ano atrás, como o bispo mais novo em idade e ligado às novas tecnologias, D. José Cordeiro admite já não ter “tanto tempo como antes”, o que o levou à criação de uma equipa de comunicação responsável agora pelo sítio diocesano e pelo perfil do bispo criado no facebook.

PTE/LS

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