Tema da eutanásia na visita de Bento XVI

Igreja promove «Semana da Vida» 2010, de 9 a 16 de Maio, sobre o tema «A vida é sempre um bem»

A Igreja Católica em Portugal vai reflectir sobre a eutanásia na edição 2010 da “Semana da Vida”, que este ano coincide com a visita de Bento XVI ao nosso país.

Esta iniciativa, que se repete desde 1994, terá agora como lema “A vida é sempre um bem”, tendo em mente a “dificuldade de integrar a morte no horizonte da própria vida”, e a “intenção que se tem manifestado de se legislar neste âmbito”.

No texto de apresentação da Semana da Vida, que decorre entre 9 e 16 de Maio, o Departamento Nacional da Pastoral Familiar considera que se têm multiplicado “os debates e as declarações sobre o direito à realização pessoal em todas as circunstâncias e em todas as etapas da vida”.

“São aspectos fundamentais da pessoa, que deve ser respeitada como sujeito da sua existência, e têm a ver com a própria dignidade humana. Por isso, a discussão não se confina ao seu carácter religioso ou confessional”, pode ler-se.

A iniciativa pretende promover “um esforço sério de discernimento, ao nível pessoal e colectivo, sobre o que é importante e decisivo para uma vida verdadeiramente humana: os valores autênticos e fundamentais, e o modelo de sociedade que se pretende”.

Os católicos do nosso país serão convidados a uma reflexão sobre a Nota Pastoral “Cuidar da vida até à morte: contributo para a reflexão ética sobre o morrer”, publicada a 12 de Novembro de 2009 pela Conferência Episcopal Portuguesa.

O documento episcopal fala na regulamentação das diversas formas de “directivas antecipadas de vontade” e diz que “não havendo objecções éticas fundamentais a este tipo de procedimentos, convém ter presente que neste campo não há a certeza de que os desejos previamente expressos sejam actuais no momento em que é necessário decidir”.

“Não obstante toda a utilidade que estas determinações possam ter, para tomar decisões que respeitem a pessoa como sujeito, convém ter presente que elas não têm um peso absoluto, nem podem ser pretexto para justificar opções que atentem contra a vida humana”, assinalam os Bispos portugueses.

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