Bispo das Forças Armadas pede mobilização social da Igreja

D. Januário Torgal Ferreira comenta a nova encíclica de Bento XVI O Bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança, D. Januário Torgal Mendes Ferreira, defende que o empenhamento no social deveria ser a "«bandeira» da Igreja (aberta à direita e à esquerda, na independência e responsabilidade)".

Num comentário à nova encíclica de Bento XVI sobre a temática do "ensino social" da Igreja, este responsável diz que o texto "oferece-nos a oportunidade da Comunhão e da vontade da mudança do mundo através de critérios indiscutíveis".

D. Januário Torgal Ferreira afirma, na sua crónica semanal "Ao Compasso do Tempo" que "quem acompanha o ritmo de cada dia não pode estranhar a tónica do social, do político, do temporal. Os problemas reais das pessoas não podem aguardar uma «consulta»… para daqui a dois meses nem encontrar remédio no adiar permanente das questões mais duras".

O prelado questiona a razão pela qual "Comissão de Justiça e Paz" não foi estabelecida em "concretos espaços da Igreja em Portugal", bem como "o silêncio e a não mobilização neste particular".

"Quais as razões para a luta do «social» ser julgada como emblema de esquerda?", pergunta.

Para o Bispo das Forças Armadas, é de lamentar a pouca mobilização para matérias "perigosas" como o "justo salário, condições perfeitas de sistemas de saúde, de educação, soluções para os emigrantes, habitação, etc.".

D. Januário lastima ainda que após o 25 de Abril não tenha sido "varrido de uma vez para sempre, o pedido, a solicitação, o ar cúmplice".

"É esta história complexa de avaliações injustas, de críticas destrutivas, de desinteresses mais que conhecidos que o texto de Bento XVI corrige, estimulando-nos em ordem ao dinamismo humanizador dos vários bordos da sociedade e da Igreja", conclui.

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