«Vai ser um 31»: Empatia, precisa-se!!

Carlos Borges, Agência Ecclesia

Adeus agosto!! Olá setembro!! Mês de recomeços e reinícios, começos e inícios, etc… típicos deste período do ano onde todos, ou quase todos, muitas pessoas, já tiveram férias. Este tempo é marcado por regressos à escola e universidade, às paróquias, comunidades, grupos de jovens e movimentos. Ao trabalho ou à procura dele, e também de etapas novas.

Foto: Carlos Borges (2014)

No mês passado, em julho, segundo o jornal online ECO, mais de 6 mil portugueses – 6.565 pessoas – inscreveram-se nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), após terem sido despedidos. Ao todo, durante esse mês, inscreveram-se 45.348 indivíduos nos centros do IEFP.

Segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional, em julho, o número de casais com as duas pessoas desempregadas foi de 4.730, recuou 0,9%, em relação ao mês anterior, mas aumentou em 5,1%, em relação ao período homólogo do ano anterior.

Entre abril e junho, mais de 100 mil pessoas que tinham um emprego, no início de 2024, passaram a ter mais do que um. Já eram 185 mil pessoas. Nos mesmos meses, mais de 105 mil pessoas deixaram de estar desempregadas. Já 60 mil pessoas perderam o emprego entre o primeiro e o segundo trimestre.

Já chega de números, vou antes ao título deste “31”: «empatia (em·pa·ti·a); nome feminino; Forma de identificação intelectual ou afectiva de um sujeito com uma pessoa, uma ideia ou uma coisa; origem etimológica: grego empátheia, -as, paixão» – Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.

Tenho um amigo que foi despedido no final de junho, ou seja, começou julho desemprego. Como contam os números não é nada de novo, é mais um a engrossar algumas das percentagens relatados ali em cima. E a inscrever-se no “centro de desemprego”.

Se os empregadores, mesmo na Igreja, têm de extinguir postos de emprego, não precisam de um trabalhador, ou precisam de cortar gorduras, nos custos, não vão prejudicar o todo. A empresa e os outros trabalhadores. Os gestores lá sabem quanto tempo aguentaram antes dos despedimentos, que, em último caso, têm de começar por algum lado, e algum dia. Já a morte, essa não escolhe dias, nem horas, atravessa-se na vida e, às vezes, nos despedimentos. Como ser chamado para receber o guia de marcha para a porta da rua no dia do funeral de um parente direto de terceiro grau. Há coisas que não podem ser adiadas… Empatia, precisa-se!

Julho de 2024, no meu caso, 10 anos de Agência Ecclesia. A tal “cadeira de sonho”. Obrigado: aos camaradas, aos leitores, e a todas as pessoas com quem me cruzei no terreno em reportagem/trabalho, ou, apenas, pelo telefone.

Olá setembro, até amanhã!

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