Roma: 300 acólitos portugueses participam em peregrinação internacional de festa e encontro

Serviço Nacional quer que acólitos «tenham consciência que não estão sozinhos nas suas paróquias»

Foto Serviço Nacional de Acólitos; Acólitos de Portugal na igreja de Santo António dos Portugueses em Roma

Évora, 01 ago 2024 (Ecclesia) – O diretor do Serviço Nacional de Acólitos (SNA) destacou a importância do encontro e da “festa” na Peregrinação Internacional de Acólitos a Roma (PIAR), e dos “cerca de 300” portugueses que participam saberem que não estão sozinhos nas comunidades.

“Há acólitos de outras paróquias, de outros países, que querem fazer a festa, e que é uma alegria este ministério, e que a Igreja tem um grande carinho por este ministério, pelo serviço que eles prestam. No fundo isso serve também de gratidão para eles, sentirem-se agradecidos também pelo serviço que prestam à Igreja nas suas comunidades, com simplicidade, e terem este contacto com outros jovens no mesmo caminho”, disse o padre Luís Leal, esta quinta-feira, 1 de agosto, à Agência ECCLESIA.

O diretor do Serviço Nacional de Acólitos, da Igreja Católica em Portugal espera que os acólitos portugueses tragam da PIAR 2024 a “consciência que não estão sozinhos nas suas paróquias”, e destaca a participação de “cerca de 300 acólitos, de 13 dioceses do país, tão distintas como Ordinariato Castrense, Lisboa, Porto, Beja, Évora, Braga, Coimbra”.

A 13.ª Peregrinação Internacional de Acólitos a Roma (PIAR 2024), entre segunda-feira e esta sexta-feira (29 de julho a 2 de agosto), tem o tema ‘Contigo’ (Is 41, 10), do profeta Isaías; na terça-feira, tiveram um encontro com o Papa Francisco que refletiu sobre o “grande mistério” da palavra ‘Contigo’, que encerra “o mistério da vida, o mistério do amor”, usou a imagem de uma mãe que tem o filho no ventre, e incentivou-os a serem próximos “com ações e gestos, com o coração”

“No fundo é esta relação de Deus e nós, no caso concreto, com os acólitos, de estarem nesta permanente ligação, terem esta consciência que Deus está com eles em todos os momentos, mesmo, de modo especial, nas dificuldades, e que eles têm que estar também com Deus”, comentou o padre Luís Leal, salientando que a própria palavra acólito “quer dizer aquele que acompanha, aquele que está contigo”.

Na Praça de São Pedro, para além de se ouvir português, pela presença de “cerca de 300 acólitos”, durante o encontro a delegação lusa participou na oração dos fiéis, quando cantaram o hino da PIAR, enquanto o Papa percorria a praça e a Via da Conciliação, que “é sempre especial”.

“É sempre especial esta nossa presença, este afagar um bocadinho o nosso orgulho nacional, que é importante, e também para a rapaziada perceber que existem, não é apenas uns que lá estão no meio”, realçou o diretor do SNA.

O sacerdote do Patriarcado de Lisboa teve a oportunidade de saudar Francisco nos cumprimentos finais desta audiência à PIAR 2024, quando o Papa cumprimentou demoradamente os presentes, dando a sua bênção, vários autógrafos, recebeu lembranças e foi fotografado.

“Eu cumprimentei o Santo Padre com alegria. Nesses momentos não dá para muito, mas esta gratidão também pela sua presença, o seu ministério, pedindo também a sua oração para os nossos acólitos, e para que nos continue a acompanhar, até com a sua presença também, que é importante”, explicou, lembrando que o encontro foi umas das poucas audiências de Francisco em julho, “abriu esta exceção para estar com os acólitos”, no mês de férias.

“Isso é para nós também um sinal muito significativo da importância deste Ministério no coração do Papa. E, nesse momento, é o aperto de mãos quase sem palavras, mas que a gente transmite e sentimos que o Papa acolhe estes nossos sentimentos”, acrescentou.

A Peregrinação Internacional de Acólitos a Roma 2024, a 13.ª edição, está a decorrer quando em Portugal se comemora o primeiro aniversário da edição internacional da Jornada Mundial da Juventude, a JMJ Lisboa 2023, duas iniciativas, que à sua escala mobilizam participantes de vários países, e o padre Luís Leal reforça a dimensão do encontro e a importância do “dar ânimo”.

“Podem dizer uns aos outros, ‘estou contigo também neste caminho’, e isso dar-lhes ânimo para continuar, não só no serviço, como chamar outros, porque também é o objetivo deste encontro animá-los, como a Jornada Mundial da Juventude, para que estes jovens sejam apóstolos de jovens para este caminho”, desenvolveu o padre Luís Leal.

CB

A PIAR é organizada, a nível internacional, pelo Coetus Internationalis Ministrantium (CIM), associação fundada em 1960, e mobilizou cerca de 50 mil acólitos, de 15 países da Europa – Áustria, Bélgica, Croácia, França, Alemanha, Lituânia, Luxemburgo, Portugal – 296 acólitos -, República Checa, Roménia, Sérvia, Eslováquia, Suíça, Ucrânia e Hungria.

Serviço Nacional de Acólitos, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), é um departamento do Secretariado Nacional de Liturgia da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade, destinado a promover e apoiar o exercício do ministério dos Acólitos, segundo as orientações da Igreja.

Do programa luso, preparado pelo SNA para a PIAR 2024, o sacerdote explica que na manhã desta quinta-feira foram as visitas às “Basílicas Papais, as quatro Basílicas maiores”, e à tarde a Missa, presidida por D. José Cordeiro, arcebispo de Braga e presidente da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade, na igreja de São Tarcísio, e visita às Catacumbas de São Calixto.

Na terça-feira, dia 30 de julho, o grupo português, já se tinha encontrado para a Eucaristia, na igreja de Santo António dos Portugueses, antes do “momento alto e excelência da peregrinação, o encontro com o Santo Padre”, e,

Esta quarta-feira, participaram no encontro por grupos linguísticos, ingressaram o grupo francófono do CIM, os outros são “o alemão e o húngaro”, onde o presidente da associação internacional, o cardeal Jean-Claude Hollerich (arcebispo do Luxemburgo) presidiu à Eucaristia na igreja de Gesù, da Companhia de Jesus (Jesuítas),

 

Vaticano: Papa incentivou cerca de 50 mil acólitos a serem próximos dos outros «com ações e gestos, com o coração», a partir da palavra «contigo»

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