Participantes no Fátima Jovem foram desafiados a «sair da bolha», para «ir ao encontro dos outros e acolher o dom da sua diversidade»
Fátima, 05 mai 2024 (Ecclesia) – D. Nuno Almeida convidou hoje os jovens reunidos em Fátima a “dar a vida pelos outros” e a dizerem “sim” à paz e ao empenho, na resolução de “situações de conflito”.
“Chamados pelo nome, para dizermos sim à paz e empenharmo-nos para que nas situações de conflito se possa chegar a um entendimento e à reconciliação,
através do diálogo. Sem a paz o nosso mundo não tem futuro. A paz que vem do Alto e é fruto do esforço humano, a ‘paz sem vencedor e sem vencidos’”, sublinhou o presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família (CELF) aos participantes no ‘Fátima Jovem’ 2024 que decorreu desde sábado, na homilia da Missa conclusiva do evento, enviada à Agência ECCLESIA.
“Onde alguém testemunha e acende o amor que Cristo trouxe à terra tudo se renova, pois aquele amor não só une a alma a Deus, mas também nos liga uns aos outros. Basta duas ou três pessoas que conscientemente vivem e partilham este modo divino e humano de amar, para que o amor de Deus volte a dar esperança e a tornar-nos construtores de paz”, acrescentou o bispo da Diocese de Bragança-Miranda.
O encontro nacional reuniu participantes de 16 dioceses em Portugal, juntando movimentos e congregações religiosas para atraídos pelo convite de serem ‘Chamados ao encontro’ e D. Nuno Almeida convidou os jovens a “entregar o amor aos outros”, para não se fecharem num “bolha”.
O amor é saída corajosa de si, para ir ao encontro dos outros e acolher o dom da sua diversidade. Somos chamados a amar a Deus e a amar-nos uns aos outros. Assim, o nosso caminho sobre esta terra nunca se reduz a uma labuta sem objetivo nem a um vaguear sem meta; pelo contrário, cada dia, respondendo à nossa chamada, procuramos realizar os passos possíveis rumo a um mundo novo, onde se viva em paz, na justiça e no amor”.
O responsável católico sublinhou que “a todos, Deus ama e chama” e que “a todos escolhe e acolhe”.
“A nossa sociedade vive atordoada com demasiadas palavras; dispersa com a saturação de tantas imagens, precisa de ver o Evangelho vivido, posto em prática, capaz de criar um modo sempre novo de nos relacionarmos, marcado pela fraternidade e pelo amor”, explicou.
D. Nuno Almeida lembrou o caminho rumo ao Ano jubilar de 2025, depois da Jornada Mundial da Juventude.
“Caminhamos como peregrinos de esperança, podemos ser no mundo portadores e testemunhas do sonho de Jesus: formar uma só família, unida no amor de Deus e interligada pelo vínculo da caridade, da partilha e da fraternidade. Somos chamados a ser peregrinos de esperança e enviados para construir a paz. Cada um de nós, no seu lugar próprio, no seu estado de vida, pode ser, com a ajuda do Espírito Santo, um semeador de esperança e de paz”, convidou.
Condenamos os atentados de violência ocorridos no Porto contra os nossos irmãos emigrantes”.
Lembrando o desafio da JMJ Lisboa 2023 para os jovens se levantarem, o responsável pela CELF convidou os participantes a “despertar do sono, a sair da indiferença” e “comunicar boas-novas de alegria, gerar vida nova e ser artesãos de fraternidade e de paz”.
“Abramos as grades da prisão em que por vezes nos encerramos, para que possa cada um de nós descobrir a própria vocação na Igreja e no mundo e tornar-se peregrino de esperança e artífice de paz”, sublinhou o bispo de Bragança-Miranda.
LS
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