Santa Sé pede nova cooperação com a África

A Santa Sé recordou à comunidade internacional a sua responsabilidade na promoção do desenvolvimento do continente africano. Intervindo no passado dia 19, em Nova Iorque, na sessão da Assembleia Geral sobre “O desenvolvimento da África: progressos no planeamento e no apoio internacional”, o Arcebispo Celestino Migliore afirmou que “o apoio da comunidade internacional continua a ser decisivo para ajudar a África a responder aos grandes desafios e a consolidar os seus êxitos recentes”. Para o observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, há “muitos sinais positivos no empenho dos povos e dos governos da África, no sentido de actuar como protagonistas na promoção da paz e do próprio desenvolvimento económico e social”, expressando o seu apoio à “nova associação para o Desenvolvimento Africano” (NEPAD), no sétimo ano da sua existência. “Ainda que se destine a enfrentar os desafios do continente mediante a mais estreita cooperação entre países africanos, o NEPAD abre e prepara a África para uma maior cooperação internacional”, disse. Um dos seus objectivos principais é “travar a marginalização da África no processo de globalização e valorizar a sua plena e benéfica integração na economia global”. “A África começou a colher os frutos de uma sábia decisão, como o mencionado índice de crescimento, que em parte se deve a condições económicas internacionais favoráveis”, precisou. Estes sinais positivos, comentou o representante católico em Nova Iorque, “estão em contraste com situações de conflito e com a realidade de formas extremas de pobreza difíceis de desenraizar”. Nesse sentido, defendeu que “para enfrentar os desafios do desenvolvimento sustentável e da eliminação da pobreza, a África precisaria de uma solução global ao insustentável fardo da dívida de alguns países, a um acesso mais justo ao mercado mundial mediante uma equitativa integração no sistema comercial internacional”. “A comunidade internacional é chamada a assistir os países africanos no desenvolvimento de políticas que promovam uma cultura de solidariedade, de modo que o seu desenvolvimento económico possa caminhar juntamente com o desenvolvimento humano integral”, declarou D. Migliore. (Com Rádio Vaticano)

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