Direitos Humanos: Presidente da AIS denuncia «silenciamento da voz profética da Igreja»

De 17 a 24 de novembro, cristãos são desafiados a ter presente a intenção dos «irmãos perseguidos»

Lisboa, 15 nov 2021 (Ecclesia) – O presidente executivo da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Thomas Heine-Geldern, denunciou o “silenciamento da voz profética da Igreja” e está preocupado com a situação “de perigo” em que se encontram padres, irmãs/os e leigos/as em vários países.

Durante o mês de novembro, a Fundação AIS vai realizar, em diversos países, iniciativas destinadas à sensibilização da opinião pública para a questão da liberdade religiosa e da perseguição aos cristãos, realça uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

Thomas Heine-Geldern lembra que “ser padre ou religiosa não torna ninguém imune à violência, pelo contrário, pode torná-los num alvo ainda maior”.

A violência crescente contra elementos da Igreja em todo o mundo é preocupante e no decorrer deste ano, segundo relatos divulgados pela comunicação social, foram “assassinadas pelo menos 17 pessoas ligadas à Igreja, enquanto outras duas dezenas foram vítimas de sequestro”.

Os relatos que chegam à FAIS mostram que “ninguém está em segurança verdadeiramente em lugar algum” e,” particularmente sensível e preocupante” é a “situação na Nigéria, com assassinatos e sequestros cada vez mais frequentes.

Apesar da violência e das ameaças constantes, padres, irmãs e leigos comprometidos com a Igreja “continuam a desempenhar a sua missão junto das populações mais pobres e necessitadas, dando um enorme exemplo de coragem e abnegação”.

“Quando a segurança é frágil e todos já partiram, os padres, religiosas e missionários católicos leigos permanecem, e a sua dedicação ao serviço do próximo coloca-os na linha de fogo”, diz Thomas Heine-Gelder.

Durante uma semana, nos dias 17 a 24 deste mês, os cristãos são desafiados a ter presente “esta intenção dos cristãos perseguidos”.

Para isso, “centenas de catedrais, igrejas, capelas, monumentos e edifícios públicos de relevo” são iluminados em muitas cidades do mundo com “a cor vermelha, que procura lembrar o sangue dos mártires”.

Em Portugal, diversas paróquias já se associaram este ano a esta iniciativa, nomeadamente Ramada, em Odivelas; em Braga, além das paróquias de São Vítor, São Lázaro, Senhora-a-Branca e a Basílica dos Congregados, também será iluminado de vermelho o Santuário de São Bento de Porta Aberta.

O mesmo vai acontecer – tal como em anos anteriores – com o Monumento ao Cristo-Rei, em Almada.

LFS

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Agência ECCLESIA

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