Igreja/Desporto: Jogos Olímpicos em Tóquio são “sinal de esperança” para vencer a pandemia (c/vídeo)

Apesar do “sabor agridoce” da iniciativa, a professora no Japão, Maria Reis Gomes, vai festejar com medalhas dos portugueses

Tóquio, Japão 24 jul 2021 (Ecclesia) – A professora de português na Universidade Sophya, em Tóquio (Japão), Maria Reis Gomes, considera que os jogos olímpicos que decorrem naquela cidade têm “um sabor, um bocadinho, agridoce” mas espera-se que esta iniciativa seja um “sinal de esperança” para vencer a pandemia.

“Que estes jogos sejam um sinal de esperança e que todos juntos possamos vencer esta pandemia” disse à Agência ECCLESIA Maria Reis Gomes.

Esta professora realça que os jogos olímpicos têm “um sabor, um bocadinho, agridoce” porque “nem todas as pessoas estavam de acordo” que acontecessem, mas a população do país do «Sol nascente» está a apoiar os atletas.

A capital do Japão está em “Estado de emergência”, mas na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio “estavam muitas pessoas” fora do estádio para acolher os participantes.

O diálogo intercultural é diminuto porque os atletas estão “fechados” e “não podem comunicar entre eles” o que torna esta realidade “bastante complicada”.

“Os atletas não podem sair da vila olímpica”, frisou a professora portuguesa.

Inicialmente programados para 24 de julho a 9 de agosto de 2020, os 32º Jogos Olímpicos (JO) de Verão foram adiados para os dias 23 de julho até 8 de agosto, devido à pandemia, com a cerimónia de abertura marcada para esta sexta-feira, às 12h00 de Lisboa, no Estádio Nacional de Tóquio,

As declarações à Agência ECCLESIA de Maria Paula Reis Gomes foram concedidas 24horas depois da abertura deste evento que tem como lema «Citius, Altius, Fortius» (mais rápido, mais alto, mais forte), adotado, em 1894, pelo Movimento Olímpico, a pedido de Pierre de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpicos (JO) da era moderna.

Este ano, o lema colocou a palavra «juntos» na frase e “fala-se muito” na associação à encíclica «Fratelli Tutti» do Papa Francisco.

A cerimónia de abertura foi “quase uma oração pelas pessoas que faleceram e por todos os que lutam pela pandemia”, acentua Maria Reis Gomes.

Uma forma de transmitir às pessoas que, “todos juntos”, se pode “ultrapassar este momento difícil”, sublinha.

A pandemia “está a tentar” ensinar que, “só todos juntos”, se consegue ultrapassar as fragilidades e é uma “lição para o futuro”.

Apesar de estar distante, Maria Reis Gomes sente as vitórias dos portugueses e vai festejar se algum atleta lusitano ganhar uma medalha.

“Eu vou festejar. Tenho de fazer uma festa nem que seja com restrições e com máscaras”, confidenciou.

Na cerimónia de abertura dos JO, os portugueses “foram os mais alegres e entusiastas”, disse.

Devido à pandemia, e ao aumento do número de infeções provocadas pela Covid-19, a Arquidiocese de Tóquio decidiu cancelar o programa pastoral que tinha preparado, dirigido aos atletas.

“Estava previsto que cada paróquia pudesse atender às necessidades espirituais de todos os atletas, mas agora decidimos cancelar essas iniciativas”, afirmou o arcebispo de Tóquio, Tarcisio Isao Kikuchi, numa nota divulgada pela imprensa.

No calendário, estava prevista uma missa internacional celebrada na catedral local e a criação de um rosário especial, que seria entregue a todos os participantes dos Jogos.

Os JO terminam a 8 de agosto, seguindo-se a 16ª edição das Paraolimpíadas de 24 de agosto a 5 de setembro de 2021, também adiada por um ano devido à emergência sanitária.

LFS

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Agência ECCLESIA

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