Vila Real: Diocese cria Comissão de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis

Receber «eventuais denúncias» e elaborar «medidas de prevenção» é o objetivo de uma estrutura composta por psicólogos, médicos, juristas e teólogos

Catedral de Vila Real

Vila Real, 28 mai 2020 (Ecclesia) – A Diocese de Vila Real nomeou hoje a Comissão de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis, constituída por “especialistas em Psicologia, Medicina, Direito e Teologia” com o objetivo de receber “eventuais denúncias” e elaborar “medidas de prevenção”.

De acordo com um comunicado publicado na página da Diocese de Vila Real, a comissão “terá como finalidades, além da escuta e receção de eventuais denúncias, a elaboração de medidas de prevenção e das modalidades de apoio e acompanhamento das vítimas e dos agressores”.

“Neste momento é preciso coragem para assumir erros e corrigir faltas, tomando as medidas necessárias para erradicar este problema”, afirma o comunicado.

A Diocese de Vila Real refere no documento que cada caso de abuso, de todo o tipo e particularmente de cariz sexual, “é sempre lamentável, é uma ferida dificilmente superável na vida das pessoas e faz sofrer imenso famílias e comunidades”.

“Quando sucedem no espaço eclesial, são especialmente graves, porque representam um grande motivo de escândalo para os fiéis”, sublinha.

O comunicado refere também que “não se pode esquecer uma palavra de reconhecimento à grande maioria dos sacerdotes que não só se mantêm fiéis ao seu celibato, mas se gastam ao serviço de um ministério que se tornou mais difícil pelo escândalo de poucos (mas sempre demasiados) dos seus irmãos”.

“A todos os fiéis pede-se que continuem a rezar pelos sacerdotes e apoiá-los para todos colaborem para a Igreja do nosso tempo (re)adquira um rosto novo, com as marcas da alegria, da transparência e da santidade”, conclui o comunicado.

Em 2019, o Papa publicou a Carta Apostólica ‘Motu Proprio Vos estis lux mundi’, com disposições gerais a aplicar em caso de denúncias de abusos sexuais de menores ou de pessoas vulneráveis.

O documento determinou a criação, em todas as dioceses católica, de “um ou mais sistemas estáveis e facilmente acessíveis ao público” para eventuais denúncias, até junho deste ano.

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