Vila Real: D. Joaquim Gonçalves diz deixar «obra para durar»

Bispo emérito alegra-se com o facto de, pela primeira vez, a diocese contar com alguém «da terra», D. Amândio Tomás, à frente da comunidade eclesial

Vila Real, 17 mai 2011 (Ecclesia) – O bispo emérito de Vila Real disse hoje abandonar as funções com a consciência de deixar “obra para durar” e com a satisfação de ser substituído por alguém da terra.

“Alegro-me por ser a primeira vez que Vila Real tem um bispo natural de cá: D. Amândio Tomás conhece bem as terras, é estimado, de modo que esta passagem acontecerá sem solavancos de espécie nenhuma” realça D. Joaquim Gonçalves, que completa 75 anos de idade esta terça-feira e viu a sua renúncia ao cargo ser aceite por Bento XVI.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o prelado considera que os seus 20 anos à frente da diocese contribuíram para a “instituição de algumas balizas que dinamizaram a vida pastoral” da Igreja em Vila Real.

Primeiro com a promoção de vários momentos que vieram “educar a fé a um povo que já a possuía e vivia”, como a vivência das ordenações, o encontro de Quinta-feira Santa com todo o clero, e a criação de dias especiais dedicados à diocese, à juventude, e à família.

Depois, na melhoria das estruturas de apoio à formação e à ação pastoral, com obras extensíveis ao seminário diocesano e à catedral de Vila Real, ou a construção de raiz da casa do Carmo, para o clero e a cúria.

D. Joaquim Gonçalves lamenta apenas não ter concretizado o “velho sonho” de criar uma comunidade religiosa contemplativa na diocese.

Apesar de “ser das poucas dioceses de Portugal sem este tipo de estruturas”, Vila Real “tem religiosas espalhadas por todo o país”, aponta o prelado.

No final deste percurso, D. Joaquim Gonçalves diz levar na memória os 38 padres que ordenou e congratula-se por esta diocese ter ainda oferecido “quatro bispos” à Igreja Católica em Portugal nas últimas duas décadas.

JCP

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