Luis Santos – Agência Ecclesia No dia 29 de Junho de 1978, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, foi ordenado bispo D. José da Cruz Policarpo, que nasceu na localidade de Alvorninha, concelho das Caldas da Rainha, no dia 26 de Fevereiro de 1936. Com 67 anos de idade celebra este ano as suas Bodas de Prata Episcopais. Depois de concluir o curso secundário nos seminários de Santarém e de Almada recebe formação em Filosofia e Teologia no Seminário Maior de Cristo Rei, nos Olivais, e é ordenado a 15 de Agosto de 1961 e nomeado professor e vice – reitor do Seminário Liceal de Penafirme, de 1963 a 1968, e reitor do Seminário dos Olivais de 1970 até Junho de 1997. Para além destas actividades nos seminários fez também a licenciatura em Teologia Dogmática, em 1968, pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, com a tese “Teologia das Religiões não Cristãs”. Depois de ter feito o curriculum ad lauream, defendeu na mesma universidade a tese sobre “Sinais dos Tempos”. UCP No primeiro ano da década de 70 torna-se docente da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. No ano seguinte (1971) assume a categoria de Professor Auxiliar, de Professor Extraordinário em 1977 e de Professor Ordinário em 1986. Para além das actividades docentes naquele estabelecimento de ensino foi nomeado Director da Faculdade de Teologia da UCP (1974/1980 e 1985/1988) e presidente da Comissão Instaladora do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa (1885/1987). Ainda no mundo académico e por decreto da Santa Sé, foi nomeado reitor da Universidade Católica Portuguesa para o quadriénio de 1988/1992 e reconduzido no cargo para o segundo quadriénio (1992/1996). Dois anos depois (Março de 1998) torna-se Magno Chanceler da UCP. De 1991 a 1997 foi Presidente da Sociedade Científica da UCP e vice-presidente da Federação Internacional das Universidades Católicas (FIUC). Fora do âmbito da UCP, D. José Policarpo é Sócio Honorário da Academia Portuguesa de História, desde 6 de Dezembro de 2000, e membro do Conselho Pontifício para a Cultura desde 18 de Outubro de 1998. CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA Natural da diocese de Lisboa, exerceu o seu múnus presbiteral e episcopal neste território. De 1978 a 1997 exerceu as funções de Bispo Auxiliar de Lisboa mas ocupou, igualmente, o cargo de presidente de várias Comissões Episcopais da Conferência Episcopal Portuguesa. Se a 13 de Abril de 1999 foi eleito Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e reeleito a 11 de Abril de 2002, antes foi Presidente da Comissão Episcopal da Doutrina da Fé (1978/1981), do Apostolado dos Leigos (1981/1987), da Educação Cristã (1987/1989) e da Comissão Episcopal dos Bens Culturais da Igreja (1997/2000). No triénio de 1996/1999 foi vogal do Conselho Permanente da CEP. No primeiro mês de 2001 foi no-meado Cardeal por João Paulo II e um mês depois (21 de Fevereiro) criado Cardeal Presbítero da Santa Igreja Romana com o título de Santo António dos Portugueses no Campo de Marte. BISPO DE LISBOA No ano da Revolução dos Cravos, em Portugal, acompanhou como perito o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, no IV Sínodo dos Bispos, a cuja reflexão dedicou no ano seguinte o livro «Evangelização, Anúncio de Liberdade (O futuro do Evangelho em Portugal à luz do Sínodo)». Colaborava então na elaboração do Plano de Acção Pastoral para o Patriarcado de Lisboa que, nas palavras D. Manuel Clemente, um dos bispos auxiliares de Lisboa, “continua a inspirar a acção diocesana”. Ao longo do seu múnus episcopal acompanhou várias vigararias e sectores da pastoral (Liturgia, Música Sacra, Educação Cristã, Pastoral Juvenil, Assembleia Diocesana de Movimentos e Obras e Secretariado Diocesano da Pastoral). Um empenhamento nas actividades pastorais que levou o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, a comunicar, dia 4 de Março de 1997, a nomeação do jubilado como Arcebispo Coadjutor do Patriarcado de Lisboa. Por falecimento do Cardeal de então, dia 24 de Março do ano seguinte, D. José Policarpo sucedeu-lhe imediatamente como pastor da Igreja de Lisboa.