Vida Consagrada: Monjas Cistercienses de Rio Caldo são presença beneditina em São Bento da Porta Aberta

Irmã Maria da Conceição explicou que os dias da comunidade são regidos pela regra oração e pelo trabalho

Terras de Bouro, 21 mar 2023 (Ecclesia) – A comunidade das Monjas Cistercienses de Rio Caldo, na Arquidiocese de Braga, são a presença beneditina no Santuário de São Bento da Porta Aberta, desde 2005, e vivem numa casa perto da basílica.

“O nosso dia-a-dia basicamente é oração, umas seis horas por dia, mas não se vive só de oração, temos de trabalhar”, disse a irmã Maria da Conceição, a responsável pela comunidade de clausura, em declarações à Agência ECCLESIA.

As monjas de Cister inspiram-se na regra de São Bento, ‘Ora et Labora’, e, para além da oração, o seu “ganha-pão” é fazer biscoitos, compotas, trabalhar a terra, e “coisas que tentam vender e comercializar “para ter o necessário e para poder partilhar com outros”

As três religiosas Cistercienses – as irmãs Maria de Fátima, Maria Francisca e Maria da Conceição  – têm entre 57 e 82 anos de idade, e todas contam com mais de 30 anos de vida monástica.

As monjas têm horta e pomar de onde tiram as matérias-primas para as referidas compotas, marmelada, biscoitos, os frutos secos torrados, a pasta de fruta, chás e mel, licores e xarope de aloé vera, e, ao longo dos anos, têm participado em feiras onde são distinguidas com vários prémios, e fazem também sabonetes de glicerina vegetal, bálsamos, champôs e terços.

Esta comunidade de clausura não está fechada ao mundo exterior e têm uma presença ativa online, nomeadamente nas redes sociais, com “mais de cinco mil” pessoas na página no Facebook, para além do perfil no Instagram.

“Há muitas formas de presença. É uma forma de evangelizar, de ir até às pessoas que não viriam até nós, e temos sempre pessoas a contactar connosco”, assinalou a irmã Maria da Conceição.

No mês de fevereiro, os dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude – a cruz e o ícone de Nossa Senhora -, peregrinaram pela Arquidiocese de Braga, e no Arciprestado de Terras de Bouro foram recebidos por esta comunidade Cisterciense, que passou a noite em vigília de oração.

“Com algumas pessoas amigas que se vieram juntar a nós, e rezamos por todos aqueles que não rezam, por todos aqueles que sofrem, por todas as alegrias e sofrimentos do mundo inteiro”, explicou a responsável pela comunidade das Monjas Cistercienses de Rio Caldo.

As freiras cistercienses são o ramo feminino da Ordem de Cister, ordem religiosa monástica católica beneditina restaurada, que foi fundada a 21 de março de 1098, pelos Santos Roberto de Molesmes, Alberico e Estevão Harding, na Borgonha (França).

A Arquidiocese de Braga celebra hoje a solenidade do aniversário da Basílica de São Bento da Porta Aberta; na Ordem Beneditina, na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância celebram a festa do trânsito (morte) de São Bento (480- 547), santo padroeiro da Europa.

CB/OC

 

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