Vida consagrada: Missionários Claretianos querem ser «próximos e significativos» da realidade

Padre Carlos Nascimento revela que província portuguesa vai unir-se a outros países

Fátima, Santarém, 12 abr 2016 (Ecclesia) – O novo superior da Província Portuguesa dos Missionários Claretianos explica os desafios concretos de uma “missão que abarca imensos campos” em território nacional e internacional, num período de reconfiguração.

“Queremos olhar para a sociedade com olhar positivo, que reconhece imensos valores apesar de, às vezes, estarmos tentados a ver os aspetos negativos da realidade”, disse o padre Carlos Nascimento à Agência ECCLESIA, em Fátima.

Na Casa de Acolhimento e Espiritualidade, onde se realizou o capítulo provincial, o sacerdote assinala que querem ser “capazes de estar próximos e ser significativos” na vida dos jovens, com capacidade de questionamento e de “os levar a pensar”.

“De que forma o nosso modo de estar em Igreja, na missão, como Cristo, os desafiam”, acrescentou, destacando obras sociais “importantes” da congregação como o Lar dos Carvalhos, “que trabalha com jovens e crianças desfavorecidas”, e outras em paróquias.

O padre Carlos Nascimento sublinha ainda que o concreto dos Missionários Claretianos acontece de “diferentes maneiras”, onde a educação também se realiza nos colégios, “a nível do básico e secundário”, nas residências universitárias, têm publicações e, por exemplo, a Casa de Acolhimento e Espiritualidade.

Devido à diminuição das vocações e envelhecimento dos religiosos, a reflexão passa também pela pastoral juvenil vocacional.

“Como podemos gerir melhor os nossos recursos e como podemos sobretudo ser de facto missionários, viver isso a partir de dentro”, acrescenta.

Segundo o responsável da Província portuguesa dos Missionários Claretianos a congregação está a entrar num período de reconfiguração “pela diminuição dos recursos humanos e pela necessidade de serem significativos” hoje na cultura europeia.

“Nos próximos três anos estamos a dar passos muito concretos para unirmos a uma parte de Espanha, a parte sul, chamada Província Bética, e também com a Inglaterra e a Irlanda. Formaremos uma mesma província e em conjunto vamos responder a esta realidade que nos desafia”, desenvolve o padre Carlos Nascimento.

Para o sacerdote, e de acordo com as próprias interpelações do Papa, o desafio da congregação passa pela capacidade de serem “profundamente missionários”.

“Sintonizar muito com Cristo para sermos capazes de estar próximos. Como diz o Papa Francisco de estarmos próximos das situações, do povo, sentirmos com o coração misericordioso e sermos capazes de testemunhar a alegria de um Deus que nos ama, que é próximo, que quer a nossa vida em abundância”, desenvolve.

O sacerdote revela que recebeu com “fé e disponibilidade” a eleição para ser o novo superior da Província Portuguesa dos Missionários Claretianos, durante os próximos seis anos: “Com fé, com a confiança que nasce da fé, com a disponibilidade que nasce da fé, como um serviço, como uma entrega e com a alegria do Evangelho.”

O padre Carlos Nascimento foi ordenado sacerdote em 1994, tem um mestrado em Teologia, pela Universidade Católica Portuguesa que concluiu com a dissertação ‘A centralidade da pessoa humana: antropologia teológica na constituição pastoral «Gaudium et Spes’.

A congregação dos Claretianos está em Portugal desde 1898 e a Província Portuguesa conta ainda com comunidades em Angola e São Tomé e Príncipe.

O 12.º Capítulo Provincial dos Missionários Claretianos terminou no sábado foi presidido pelo vice-superior geral da congregação, o padre Gonzalo Fernández.

JCP/CB

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