Venezuela: Bispos católicos unem-se aos que rejeitam Assembleia Constituinte

País sul-americano vive dias de protesto perante crise social e económica

Caracas, 26 jul 2017 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) uniu-se aos pedidos de quem rejeita a Assembleia Constituinte proposta pelo governo do presidente Nicolás Maduro.

“A CEV, unida ao clamor da maioria do povo venezuelano, exige ao Governo nacional que retire a proposta da Assembleia Constituinte”, referem os bispos católicos, numa mensagem divulgada através das redes sociais.

A oposição promove a partir de hoje uma greve geral de 48 horas, projetando uma manifestação que apelidou de "tomada de Caracas", prevista para sexta-feira.

A eleição da Assembleia Nacional Constituinte, que visa reformar a Constituição venezuelana, foi convocada pelo presidente Maduro a 1 de maio, numa decisão justificada com a necessidade de restabelecer a paz no país.

A CEV pede ao executivo, em minoria no Parlamento, que reconheça a “autonomia” das instituições em democracia.

Os protestos provocados pela crise social e política, com manifestações pró e anti-Maduro, provocaram pelo menos 100 mortos desde abril.

Perante esta situação, a CEV lançou um apelo ao Governo, exigindo que acabe com a “repressão desumana” das manifestações de protesto que decorrem no país sul-americano.

Os bispos católicos denunciaram ainda a ação de grupos paramilitares ilegais, que agem sob o “olhar complacente das autoridades”.

A Igreja Católica promoveu um dia de oração e jejum, a 21 de julho, “a fim de pedir a Deus que abençoe os esforços dos venezuelanos pela liberdade, a justiça e a paz”.

O presidente Nicolás Maduro mostra-se firme na sua intenção de reformar a Constituição e acusa países estrangeiros, como os EUA, Colômbia e México, de promoverem um golpe na Venezuela.

OC

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