A Sala dos Tratados da residência apostólica do Vaticano acolheu dia 14 uma cerimónia para a troca dos instrumentos de ratificação do Acordo entre a Santa Sé e a Bósnia-Herzegovina, acerca da assistência religiosa aos fiéis católicos membros das Forças Armadas daquela nação do leste da Europa.
Estiveram presentes, da parte do Vaticano, o secretário de Estado, D. Tarcisio Bertone, e o secretário das Relações com os Estados, D. Dominique Mamberti.
Do lado da Bósnia-Herzegovina, marcaram presença o ministro das Relações Externas, Sven Alkalaj, e os ministros para os Direitos Humanos e os Refugiados, da Justiça e da Defesa, além da embaixadora bósnia junto da Santa Sé, Jasna Prpić.
D. Mamberti falou do encontro como a confirmação das “óptimas relações entre a Santa Sé e a Bósnia-Herzegovina, estabelecidas desde o início.
Fez ainda votos de que nesta fase delicada da história daquela nação, “o Acordo ajude também em relação à imagem do país, a nível internacional, apresentando a Bósnia-Herzegovina como um país em que – apesar das dificuldades – se vê com respeito as Igrejas e as comunidades religiosas, dando a justa relevância aos princípios democráticos reconhecidos internacionalmente e, em particular, ao princípio da liberdade religiosa”.
O Arcebispo espera que “isso possa ajudar também no processo de integração europeia e euro-atlântica, questões centrais do debate político destes meses”.
Por sua vez, o ministro bósnio para as Relações Externas, Sven Alkalaj, sublinhou que “a liberdade religiosa é um direito humano fundamental e, com a estipulação e a entrada em vigor deste Acordo, cria-se a possibilidade de que esse direito seja verdadeira e totalmente respeitado”.
O mesmo responsável expressou ainda a “profunda convicção de que o alto nível da cooperação conseguida até aqui e a amizade mútua vão continuar a crescer, para o bem de todos”.
O acordo agora oficializado, entre o Vaticano e a Bósnia-Herzegovina, já tinha sido assinado em Sarajevo, em Abril deste ano.