Vaticano precisa declarações do Papa sobre a SIDA

Nota sublinha que Bento XVI se limitou a reafirmar a posição oficial da Igreja, que não vê no preservativo uma solução O director da sala de imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, publicou uma nota a propósito da polémica suscitada pelas palavras do Papa sobre a SIDA, no avião que o levou até aos Camarões, confirmando que as mesmas retratam a posição da Igreja. Bento XVI defendeu esta Terça-feira que o problema não “pode ser resolvido” com o recurso à “distribuição de preservativos”. Na conferência de imprensa que decorreu no voo papal, com destino a Yaoundé, o Papa assinalou que a distribuição de preservativos tem o risco de poder “agravar” o problema da difusão do HIV, propondo uma solução “espiritual e humana”. A Igreja ensina a “humanização da sexualidade” e a responsabilidade sexual, apontou. Hoje, em nota oficial, o Vaticano reafirmou que a Igreja Católica não considera que “apostar essencialmente numa ampla difusão de preservativos seja, na realidade, o melhor caminho, de maior visão e o mais eficaz para combater o flagelo da SIDA e tutelar a vida humana”. A nota precisa que o Papa reiterou a posição da Igreja Católica e as linhas essenciais do seu compromisso em combater o “terrível flagelo da SIDA”. “Primeiro, com a educação à responsabilidade das pessoas no uso da sexualidade e com a reafirmação do papel essencial do matrimónio e da família. Segundo, com a pesquisa e a aplicação de tratamentos eficazes da SIDA e colocando à disposição do mais amplo número de doentes as muitas iniciativas e instituições de saúde”, pode ler-se. “Terceiro, com a assistência humana e espiritual aos doentes de SIDA, como de todos os sofredores, que desde sempre estão no coração da Igreja”; acrescenta a nossa. Segundo o Vaticano, “estas são as directrizes nas quais a Igreja concentra o seu empenho”. Na Missa do próximo dia 19, em Yaoundé, irá rezar-se pelas “populações ameaçadas por calamidades como a SIDA”, incluída numa lista que passa pelas guerras, a crise económica ou a imigração clandestina. Para o Papa, a Igreja pode ajudar a dar resposta aos problemas crónicos do continente africano, como a pobreza, a SIDA ou o tribalismo. Notícias relacionadas • Igreja e SIDA em África

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