Vaticano: Papa salienta que «infidelidade fecha o coração» à misericórdia de Deus

Cidade do Vaticano, 03 mar 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco afirmou hoje que “Deus é sempre fiel” enquanto o povo “não presta atenção à sua Palavra” e alertou que apenas um “coração aberto” pode “acolher a misericórdia” divina.

“A infidelidade do povo de Deus é também a nossa própria infidelidade que endurece o coração, fecha-o”, disse Francisco, na Capela da Casa de Santa Marta.

Na Eucaristia matinal, a partir da leitura do livro de Jeremias, o Papa explicou que a misericórdia de Deus “só é compreensível” se cada pessoa for “capaz de abrir o seu coração” para que essa misericórdia “possa entrar”.

Neste contexto, observou que o profeta narra “tantas coisas que Deus fez” para chamar à atenção o coração do povo, que “permanece na sua infidelidade”.

“O primeiro passo para caminhar nesta estrada da fidelidade é sentir-se pecador, se não se sente pecador começou mal. Peçamos a graça para que o nosso coração não endureça, que seja aberto à misericórdia de Deus e à graça da fidelidade”, sublinhou o Papa argentino.

Francisco assinalou que no Evangelho segundo São Lucas também se vê “a mesma história” de corações endurecidos, quando Jesus é “confrontado” por quem tinha estudado as Escrituras, depois de expulsar um demónio.

“Os doutores da lei conheciam a teologia mas eram tão fechados. A multidão estava impressionada, tinha fé em Jesus, tinha o coração aberto, imperfeito, pecador, mas aberto”, destacou.

Para o Papa, aqueles “teólogos” procuravam “sempre” uma explicação para não “entender a mensagem de Jesus”, que tinha de “justificar” o que fazia, e pediam-lhe um sinal do céu.

“Esta é a história daquela fidelidade falhada. A história dos corações fechados que não deixam a misericórdia de Deus entrar, que se esqueceram da palavra ‘perdão’, simplesmente, porque não se sentem pecadores”, frisou.

RV/CB

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