Vaticano: Papa lamenta morte de cardeal perseguido pelo regime soviético

D. Kazimierz Swiatek foi preso pelo KGB e passou por dois campos de trabalhos forçados

Cidade do Vaticano, 21 jul 2011 (Ecclesia) – Bento XVI manifestou hoje o seu pesar pela morte do cardeal Kazimierz Swiatek, de 96 anos, falecido esta manhã na Bielorrúsia, uma personalidade de referência na Igreja do Leste, que sofreu a perseguição do regime soviético.

Num telegrama de condolências, o Papa lembra o “testemunho corajoso” deste cardeal, arcebispo emérito de Minsk, nascido em Valga, Estónia, a 21 de outubro de 1914.

Para Bento XVI, o cardeal Swiatek serviu “Cristo e a sua Igreja em tempos particularmente difíceis”.

Ordenado em abril de 1939, o então padre Kazimierz Swiatek foi preso pelo KGB (serviços secretos da antiga União Soviética) dois anos depois e preso na cela da morte.

Na confusão que se criou após a invasão alemã, fugiu da prisão e retomou a sua atividade paroquial, mas acabaria por ser preso de novo, em 1944, e enviado para campos de concentração siberianos, até 1954.

Em 1991 seria nomeado arcebispo de Minsk, reorganizando o território eclesiástico da Bielorrússia, após a independência do país.

D. Kazimierz Swiatek foi criado cardeal por João Paulo II em 1994 e, dez anos depois, o mesmo Papa polaco entregou-lhe o prémio ‘Fidei testis’ (testemunha da fé).

Com esta morte, o colégio cardinalício passa a contar com 196 elementos, dos quais 114 poderiam votar num eventual conclave para a eleição de um novo Papa.

OC

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