Vaticano: Papa diz que católicos devem testemunhar fé com «obras de misericórdia»

Audiência geral evocou celebrações dos santos arcanjos e dos anjos da guarda

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 29 set 2021 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que os católicos devem testemunhar a sua fé com “obras de misericórdia”, numa reflexão sobre a justificação, a partir da Carta de São Paulo aos Gálatas.

“O poder da graça precisa de se conjugar com as nossas obras de misericórdia, que somos chamados a viver para dar testemunho de quão grande é o amor de Deus. Vamos em frente, com esta confiança: todos fomos justificados, somos justos em Cristo”, explicou Francisco, perante os peregrinos reunidos no Auditório Paulo VI, para a audiência pública semanal.

“A justificação é este dom da morte e da ressurreição de Cristo, que nos faz livres”, acrescentou.

O Papa admitiu que este é um tema “difícil”, com muitos debates sobre a palavra “justificação”, que é “tão decisiva para a fé”.

“Não somos nós que nos tornamos justos pelos nossos próprios esforços, mas é Cristo com a sua graça que nos torna justos”, indicou.

A resposta da fé exige que sejamos ativos no amor a Deus e no amor ao próximo”.

Depois de algumas críticas de organizações judaicas às reflexões do Papa sobre este texto de São Paulo, Francisco sublinhou hoje que não se deve “concluir que para Paulo a Lei mosaica já não tenha valor”.

“Inclusive para a nossa vida espiritual é essencial observar os mandamentos, mas também aqui não podemos confiar na nossa própria força: a graça de Deus que recebemos em Cristo é fundamental”, declarou.

No final do encontro, o Papa deixou uma saudação aos fiéis de língua portuguesa, em particular os paroquianos de Campo Grande (Patriarcado de Lisboa).

“Nunca deixeis que eventuais nuvens sobre o vosso caminho vos impeçam de irradiar a glória e a esperança depositadas em vós, louvando sempre ao Senhor em vossos corações, dando graças por tudo a Deus Pai. Deus vos abençoe”, afirmou.

Francisco recordou depois a celebração litúrgica dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, que se assinala hoje, e a dos Anjos da Guarda, a 2 de outubro.

“Confiemo-nos de modo especial à proteção dos santos Arcanjos: Miguel que combate satanás e os espíritos malignos; Gabriel que leva a boa nova do Senhor; e Rafael que cura e acompanha na busca do bem”, apontou.

O Papa referiu que estas celebrações são “um convite para estar atento aos desígnios divinos e às suas manifestações”.

OC

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