Vaticano: Papa critica cultura que apresenta «mentira» como verdade e «informação»

Bento XVI inaugurou congresso da Diocese de Roma

Roma, 12 jun 2012 (Ecclesia) – Bento XVI criticou esta segunda-feira à noite a cultura em que a “mentira” se apresenta com “a veste da verdade e da informação” e desafiou os católicos a “renunciar à sedução do mal”.

Na abertura do congresso eclesial da Diocese de Roma, que se prolonga até quarta-feira, o Papa, citado pela Rádio Vaticano, aludiu à necessidade de emancipação de “um modo de vida em que não conta a verdade, mas a aparência, o efeito, a sensação”.

Falando de improviso, Bento XVI apontou o dedo a “uma cultura que não procura o bem, cujo moralismo é uma máscara para, na realidade, confundir, criar confusão e destruição”.

“Contra esta cultura que procura apenas o bem-estar material e nega Deus, digamos ‘não’”, pediu aos presentes.

O Papa apresentou uma reflexão centrada no batismo católico, sublinhando que “viver na liberdade” não é, “como hoje se entende, emancipar-se da fé e, no fim de contas, emancipar-se de Deus”.

“Deus ama-nos, fez-se vulnerável até à morte por nós e feri-lo com o pecado é viver contra nós mesmos e contra a nossa liberdade”, prosseguiu, alertando para “o poder do maligno, que se quer tornar Deus neste mundo”.

Bento XVI foi acolhido pelo cardeal Agostino Vallini, seu vigário para a diocese da capital italiana.

“Roma ama o Papa e defende-o como um dom de Deus”, disse o prelado, na sua saudação introdutória.

A reflexão papal concluiu-se com uma questão sobre o batismo das crianças, que Bento XVI considera não ser “contra a liberdade” mas “uma garantia do bem de Deus e da sua proteção sobre a vida”.

RV/OC

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