Francisco insiste na necessidade de rejeitar tentações das riquezas
Cidade do Vaticano, 28 fev 2017 (Ecclesia) – O Papa convidou hoje os cristãos a escolher a “alegria” que vem de Deus, rejeitando as tentações das riquezas, numa intervenção que antecipou a celebração da Quarta-feira de Cinzas.
Na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta, no Vaticano, Francisco recordou que nos dias antes da Quaresma a Igreja faz “refletir sobre a relação entre Deus e as riquezas”, evocando o episódio do “jovem rico, que queria seguir o Senhor, mas no final era tão rico que escolheu as riquezas”.
“O Senhor não sabe dar menos do que tudo. Quando Ele dá algo Ele doa-se a si mesmo, que é tudo”, assinalou o Papa.
Francisco referiu que na passagem do Evangelho que é lida hoje nas igrejas de todo o mundo, Jesus diz que quem o seguir vai receber “já agora, neste tempo, cem vezes mais em casas, irmãos, com perseguições”.
“Semblante sereno, alegria… O sinal de que estamos neste caminho do tudo e nada, da plenitude aniquilada, é a alegria”, explicou.
No final da homilia, o Papa deu como exemplo a figura do santo chileno Alberto Hurtado: (1901-1952), conhecido pelo seu trabalho com os mais necessitados.
“Ele trabalhava sempre, dificuldade atrás de dificuldade, trabalhava pelos pobres. Foi realmente um homem que abriu caminhos no seu país”, disse.
Francisco realçou que Santo Alberto Hurtado “foi perseguido” e suportou “muitos sofrimentos”
“Mas quando justamente estava ali, aniquilado na cruz, a sua a frase foi: ‘Contento, Señor, Contento’, ‘Feliz, Senhor, feliz’. Que ele nos ensine a caminhar nesta estrada, nos dê a graça de caminhar nesta estrada um pouco difícil do tudo e do nada, da plenitude aniquilada de Jesus Cristo e dizer sempre, sobretudo nas dificuldades: ‘Feliz, Senhor, feliz’”, concluiu, numa intervenção divulgada pela Rádio Vaticano.
OC