Vaticano: Papa convida a celebrar «mistério desconcertante» do nascimento de Jesus

Francisco recebe organizadores e artistas do Concerto de Natal, que este ano ajuda populações da Amazónia

Cidade do Vaticano, 13 dez 2019 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que o Natal é a celebração de um “mistério desconcertante na sua humildade”, renovando o convite a dar um lugar central ao presépio, para recordar o nascimento de Jesus.

Francisco falava a cerca de 180 organizadores e artistas do “Concerto de Natal”, a iniciativa anual que decorre este sábado, no auditório Paulo VI.

“Deus é imprevisível e está constantemente fora de nossos planos. Tal provocação é um convite constante a não nos orgulharmos e a captar essa força desarmante em cada pequeno gesto de boa vontade”, declarou.

A 27ª edição do Concerto de Natal, no Vaticano, tem como fins solidários a defesa da Amazónia e dos povos indígenas, bem como a fundação salesiana ‘Missões Dom Bosco Valdocco’ e a fundação pontifícia ‘Scholas Occurrentes’, centradas na Educação.

“Todos somos chamados a construir uma ‘aldeia global da educação’, onde quem ali vive gere uma rede de relações humanas, o melhor remédio contra todas as formas de discriminação e isolamento”, sustentou Francisco.

O Papa recordou a publicação da sua carta sobre o presépio, Sinal Admirável, na qual escreve que “Deus inicia a única verdadeira revolução que dá esperança e dignidade aos deserdados, aos marginalizados: a revolução do amor, a revolução da ternura”.

O discurso encerrou-se com um agradecimento aos artistas, com votos de que todos abram o seu coração ao “mistério do Natal”.

Ainda hoje, Francisco recebeu um grupo de associações, congregações e movimentos eclesiais franceses dedicados à misericórdia, junto dos quais propôs a contemplação do presépio neste período de preparação do Natal.

“O Presépio é um convite a ‘sentir’, a ‘tocar’ a pobreza que escolheu, para Si mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornando-se assim, implicitamente, um apelo para o seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento, que parte da manjedoura de Belém e leva até à Cruz, e um apelo ainda a encontrá-lo e servi-lo, com misericórdia, nos irmãos e irmãs mais necessitados”, indicou.

OC

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Agência ECCLESIA

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