Papa convocou consistório este sábado
Cidade do Vaticano, 21 mai 2022 (Ecclesia) – O Papa convocou um consistório para a canonização do beato fundador dos Missionários de São Carlos, com a dispensa do segundo milagre.
“A escolha surge da audiência concedida hoje pelo Papa ao cardeal Semeraro, prefeito das Causas dos Santos, com a aprovação dos votos favoráveis da sessão ordinária dos cardeais e bispos membros do Dicastério”, informa a Santa Sé.
João Baptista Scalabrini (1839-1905), bispo de Piacenza que no final do século XIX “fundou as Congregações dos Missionários de São Carlos” com a missão específica de servir os migrantes vai ser canonizado.
“Não se trata de uma canonização equipolente, pois haverá uma cerimônia formal, mas com a dispensa da prática de reconhecer o segundo milagre, como foi o caso do Papa João XXIII”, informa.
A data da canonização será anunciada por ocasião do consistório, que também dirá respeito a outra canonização, a do Beato Artemide Zatti (Decreto de 9 de abril de 2022), leigo italiano que emigrou com a família para a Argentina no final do séc. 1800, salesiano e missionário irmão na Patagônia.
Nos decretos publicados hoje surge também o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão de uma leiga espanhola, Maria de la Concepción Barrecheguren y García, e das virtudes heroicas de sete servos de Deus, que assim se tornam veneráveis.
A Congregação dos Missionários de São Carlos, fundada em Itália, em 1887 pelo espírito missionário de João Baptista Scalabrini, bispo e apóstolo dos migrantes, “abriu-se do mundo à emigração portuguesa desde os anos 70, de forma espontânea e gradual”, atualmente conta com seis sacerdotes em Portugal e celebraram 50 anos da sua presença no nosso país.
Os novos Veneráveis são sete: cinco homens e duas mulheres, entre eles uma leiga polonesa, Joana Woynarowska (1923-1979), enfermeira que se distinguiu por suas qualidades no cuidado de vários tipos de enfermidade – ela mesma sofria de uma grave deficiência física – e sustentada por uma fé sólida que a levou a se consagrar em um instituto secular indicado pelo então Arcebispo Karol Wojtyla.
Os outros Veneráveis são o Arcebispo filipino Teófilo Bastida Camomot (1914-1988), fundador da Congregação das Filhas de Santa Teresa, o Bispo italiano Luigi Sodo (1811-1895), o sacerdote espanhol José Torres Padilla (1811-1878), co-fundador da Congregação das Irmãs da Companhia da Cruz, o sacerdote italiano Giampietro di Sesto San Giovanni (nascido Clemente Recalcati), professo dos Frades Menores Capuchinhos (1868-1913), fundador da Congregação das Irmãs Missionárias Capuchinhas de São Francisco de Assis de Brasília, o padre italiano Alfredo Morganti (conhecido como Berta), professo da Ordem dos Frades Menores (1886-1969), a religiosa mexicana Marianna da Santíssima Trindade (nascida Marianna Allsopp González-Manrique, 1854-1933), co-fundadora da Congregação das Irmãs da Santíssima Trindade.
SN
Notícia atualizada às 14:00